Funcionários da Amazonas Energia chegaram tarde da noite com advogada e dezenas de policiais militares
Uma equipe da Amazonas Energia escolheu o pior horário que pode existir para interromper o fornecimento através do corte de energia elétrica e procurar ligação clandestina, o popular “gato”, no restaurante “Cacique Peixaria”, localizado na Avenida Solimões, próximo ao Conjunto Jardim Mauá, bairro Distrito Industrial 1, Zona Sul de Manaus.
A equipe chegou ao restaurante à noite da última quinta-feira, quando o restaurante estava repleto de clientes e com famílias inteiras jantando, naquele horário, quando estavam às mesas, adultos, crianças e até mesmo idosos se alimentando.
A reclamação foi geral dos proprietários do restaurante, de seus funcionários e principalmente de todos os clientes, que ficaram indignados e no auge da revolta, dirigiram insultos aos funcionários da concessionária que fornece energia elétrica para todo o Estado.
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O absurdo foi maior ainda, segundo os denunciantes, a partir do momento que chegou ao local uma advogada da Amazonas Energia para acompanhar o serviço de corte e por achar que havia muita aglomeração, revolta e perigo para ela e para a equipe acionou a Polícia Militar.
Até a viatura do oficial supervisor de área (SA) foi para a frente do restaurante e peixaria
Impressionou a todos quando a advogada que não teve o nome identificado, deu um simples telefonema e conseguiu levar para frente do restaurante um total de nove viaturas e mais de 20 policiais militares, como se o local estivesse repleto de criminosos.
O dono do restaurante, Edyssandro Cacique, afirma que na verdade só estavam no local os seus clientes que tiveram suas refeições interrompidas, ele e os funcionários, que tiveram que amargar todo o dissabor diante daquela situação, que poderia muito bem ser adiada, contanto que dezenas de pessoas não sofressem tanto constrangimento.
O dono do restaurante também confirmou que não havia sequer ordem judicial, já que o processo está em andamento na Justiça, e mesmo que tivesse essa ordem, no horário que a equipe chegou para cortar o fornecimento de energia estava fora do horário determinado pela lei.
Foram nove viaturas deslocadas para o local
e uma advogada que estava como cliente do restaurante
também foia favor do dono do restaurante
Há informações que inicialmente chegaram ao local sete viaturas com quatro policiais militares em cada uma delas, totalizando 28 homens e pouco depois chegaram mais duas viaturas, uma delas com um tenente que era o supervisor de área (SA), aumentando para 36 policiais mobilizados para atender uma única ocorrência de corte de energia elétrica.
Para as pessoas presentes, que passaram pelo trauma provocado pela advogada e pela equipe da Amazonas Energia, todos aqueles policiais militares e o oficial que comandava a diligência, poderiam estar patrulhando a cidade e combatendo os criminosos que assaltam, traficam drogas, estupram e até matam durante seus atos ilícitos.
O empresário Edyssandro Cacique, disse que se sente perseguido pela Amazonas Energia e que vai procurar seus direitos, até porque, no momento da ocorrência, ele tinha inclusive policiais civis que estavam jantando em seu restaurante, alguns acompanhados de amigos e de mebros de suas famílias.
Boa parte das Zona Sul e Leste ficaram praticamente sem
nenhum policiamento porque homens e viaturas foram atender ocorrência
no restaurante "Cacique Peixaria" (Fotos: Divulgação)
Edissandro afirmou ainda que os policiais civis lhe deram total apoio por também considerarem absurdo o ato da empresa em querer promover corte e procurar “gato” quando já era quase 21h e também questionaram o grande aparato da Polícia Militar que a advogada da Amazonas Energia conseguiu levar para o local.
No final de tudo, segundo o dono do restaurante “Cacique Peixaria”, não aconteceu o corte do fornecimento da energia elétrica do estabelecimento e o caso foi levado para ser resolvido no 14º Distrito Integrado de Polícia (DIP) onde foi instaurado um procedimento e a partir de agora as partes envolvidas vão fazer suas defesas através do inquérito instaurado.
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