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25/06/2019

Copa América: entenda os desafios de Messi para levar a Argentina longe

Foto: Foto: CARL DE SOUZA / STF

Lionel Messi tenta levar Argentina ao título da Copa América

Se Messi pudesse escolher um presente de aniversário na seleção da Argentina hoje, talvez pedisse os jogadores do Barcelona.

 

Os desafios do camisa 10 para levar a sua seleção adiante na Copa América vão muito além do gramado dos estádios brasileiros, alvo de críticas do craque após a vitória sobre o Qatar por 2 a 0, na Arena do Grêmio.

 

- Lamentamos o estado dos campos de jogo para uma competição desse nível. Especialmente o de hoje (domingo). A bola quica muito - disse o craque.

 

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O próximo gramado que espera a Argentina é o do Maracanã. No Rio, a seleção albiceleste encara a Venezuela, pelas quartas de final, às 16h da próxima sexta-feira.

 

De fato o gramado atrapalha mais a Messi do que jogadores que não necessitam da condução de bola para desenvolver seu jogo. O gol perdido de dentro da área no último domingo se deveu principalmente por um desnível no terreno que fez a bola subir e Messi isolar. Mas há outros fatores que atrapalham mais.

 

O gramado não justitica, por exemplo, a quantidade de passes errados dos jogadores da Argentina. Simplesmente porque a maioria deles tem sido para o lado, após pressão da marcação adversária. Messi notadamente não sofre tanto para encontrar seus companheiros em boa situação para receber a bola, mas para ele mesmo ser servido custa muito.

 

Segundo estatísticas da Conmebol, Messi acertou 70% dos passes de forma precisa quando estava no campo do adversário. E 77% deles em seu campo. É menos que o colombiano James Rodriguez e o brasileiro Philippe Coutinho, por exemplo. Chutes a gol foram apenas cinco em três jogos do craque argentino.

 

Messi deixa a Arena do Grêmio e o gramado ruim para trás

Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS

 

Talvez uma razão seja que na transição da defesa para o ataque da Argentina, o camisa 10 fica posicionado no campo do adversário e precisa vagarosamente recuar para ser encontrado em campo. Quando ele mesmo não passa a linha do meio para auxiliar na construção das jogadas. O desafio do técnico Scaloni tem sido manter Messi maias perto da área adversária para não sacrificá-lo demais e para que ele promova lances de perigo. Só que o cobertor curto da Argentina não oferece opções de meio-campo capazes de conduzir a bola até Messi sem o risco de armar um contra-ataque para o adversário.


Messi tenta liderar Argentina ao título da Copa América

Foto: HENRY ROMERO / REUTERS

 

No jogo contra o Qatar, a preferência era por armar o jogo através das laterais. O trio de volantes, mesmo com dificuldade, fazia a projeção através de tentativas de triangulações que possibilitassem ganho de terreno até a intermediária, onde Messi aparecia. De costas, o camisa 10 fazia um primeiro pivô para gerar o avanço dos demais jogadores e aparecia para, mais perto da área, tentar a penetração ou um passe na diagonal. Mas a dificuldade de seus companheiros em acompanhar o raciocínio e a velocidade das jogadas chamou atenção.

 

Algumas vezes Messi conseguiu arrancar em direção ao gol do Qatar. Em outras, iniciou as jogadas e aguardou o passe de volta, que não veio. Por pelo menos duas oportunidades o craque se irritou com os companheiros, algo pouco comum. Nota-se a clara sensação em Messi de que não pode cobrar tanto de uma seleção em formação. Ele mesmo também não se "mata" em campo. Raramente volta para a marcação, fecha os espaços de forma discreta, e só acelera quando percebe que a jogada pode ter um resultado efetivo.


Messi teve boa atuação contra o Qatar

Foto: CARL DE SOUZA/AFP

 

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O técnico Lionel Scaloni deixou claro que pode usar mais homens na frente para dar apoio a Messi, mas que isso vai cobrar um preço na defesa. O jogo com o Qatar mostrou também que não adianta ter três atacantes (Messi, Aguero e Martinez) e cometer erros atrás. A solidez defensiva é desafio maior para o novo técnico do que a produção ofensiva. Com um time mais seguro, Messi fica mais tranquilo para fazer o que sabe de melhor. Se o campo deixar. 

 

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