04 de Maio de 2024 - Ano 10
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01/05/2021

Corregedoria investiga 2ª denúncia de assédio sexual e ameaças de morte contra soldados

Foto: DIVULGAÇÃO

Denúncia foi feita por outra soldado dias depois da representação da soldado Jéssica. Tenente-coronel Cássio Novaes, denunciado pelos crimes, foi afastado do batalhão pela polícia; G1 não conseguiu entrar em contato com ele.

O tenente-coronel Cássio Novaes, da Polícia Militar de São Paulo, é alvo de pelo menos duas denúncias sexuais em investigação pela Corregedoria da PM.

 

Assim como na denúncia da soldado Jéssica, que o G1 divulgou, a segunda acusação envolve crimes de assédio sexual e ameaças de morte, em mensagens de aplicativo fora do horário de serviço.

 

Segundo apurado pelo G1, a segunda denúncia, envolvendo uma também soldado, foi feita depois da formalização de Jéssica do Paulo Nascimento, mas antes da repercussão pública do caso dela.

 

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A outra soldado, que preferiu não se manifestar sobre o assunto, está lotada no 50º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), o mesmo onde o tenente-coronel atuava no período em que teriam acontecido os assédios.

 

Ela foi presencialmente à Corregedoria para formalizar a denúncia no dia 5 de abril, acompanhada de seu capitão, que prestou apoio à mulher. Ela o acusa de assédio sexual e ameaças, também por mensagens de áudio e texto em aplicativo.

 

Foi instaurado um inquérito policial militar em ambos os casos, para que as denúncias fossem apuradas. O celular das duas soldados foram recolhidos pela Corregedoria para extração das provas em áudio e texto. Segundo apurado, as investigações correm em segredo de Justiça.

 

Em março, comandante conseguiu o telefone da soldado Jéssica e passou a enviar mensagens de cunho sexual — Foto: G1 Santos

Foto: Divulgação 

 

Denúncia pública


As investidas pessoais do tenente-coronel à soldado Jéssica Paulo do Nascimento, de 28 anos, começaram em 2018, segundo ela. Ele havia acabado de assumir o comando do Batalhão da Zona Sul de São Paulo, quando passou pelas companhias para se apresentar aos policiais militares e a conheceu, chamando-a para sair assim que conseguiu ficar a sós com ela.

 

Ela disse ao superior que era casada e tinha filhos, recusando o convite. "Depois desse dia, minha vida virou um inferno", desabafa. A soldado relata episódios de investidas sexuais por mensagens, ameaças por áudio, humilhação em frente aos seus colegas e até mesmo sabotagem quando se recusou a ceder aos pedidos de seu superior.

 

Ela chegou a ficar dois anos e meio afastada do serviço para evitar contato com ele. No entanto, a licença acabou em março e ela precisou voltar ao serviço. Ele conseguiu o telefone dela e as investidas recomeçaram e, segundo ela, cada vez mais insistentes. O comandante prometia sustentar os filhos da soldado, dar uma promoção para ela dentro da corporação e a transferência que ela queria para o litoral paulista.

 

Com a recusa das investidas e quando percebeu que seria denunciado, as ameaças de morte vieram, também, por áudios. Em uma das falas, o comandante afirma que "não existe segredo entre dois, um tem que morrer" e "quem não tem problema na vida, está no cemitério".

 

A soldado decidiu formalizar uma denúncia na Corregedoria da PM no início de abril. No dia 18, o advogado de defesa da soldado, Sidnei Henrique, solicitou medidas protetivas para ela e a família, além de pleitear pelo pedido de prisão preventiva do militar e a suspensão do porte e posse de arma dele.

 

Afastado do batalhão


Procurada pelo G1, a Polícia Militar esclareceu, por nota, que recebeu a denúncia e imediatamente instaurou um inquérito policial militar para apurar rigorosamente os fatos.

 

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O oficial foi afastado do comando do batalhão e a investigação é conduzida pela Corregedoria da Polícia Militar. Segundo a corporação, todos os fatos são sigilosos, conforme prevê a legislação.

 

Fonte: G1

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