Pesquisa dinamarquesa descobriu quais são os sintomas mais comuns em cada faixa etária entre recém-nascidos e adolescentes
Crianças também podem sofrer com os efeitos da Covid longa, garante uma pesquisa publicada na revista The Lancet Child & Adolescent Health, na última quarta-feira (22/6).
Os cientistas do Rigshospitalet, na Dinamarca, analisaram dados de 44 mil indivíduos com idades entre zero a 14 anos, sendo que 11 mil foram infectados pelo coronavírus. Segundo os pesquisadores, um terço experimentou pelo menos um sintoma de longo prazo que não existia antes da infecção.
De acordo com a análise, crianças com menos de três anos são as mais vulneráveis: 40% delas tinham sinais da Covid longa dois meses após a infecção.
Veja também
Risco de ter Covid longa é até 50% menor com Ômicron, diz estudo
Mulher passa sete meses com Covid e 'cria' 22 mutações do coronavírus
Os cientistas também observaram que os sinais mais comuns da Covid longa variam conforme a idade. Em crianças até três anos, os mais frequentes são mudanças de humor, alergias e dor de estômago.
Na faixa etária entre 4 e 11 anos, problemas de memória e concentração são predominantes. Em adolescentes entre 12 e 14 anos, os sintomas mais comuns são mudanças de humor, distúrbios de memória e concentração, e fadiga.
“Nossos achados estão alinhados com estudos prévios sobre a Covid longa em adolescentes. Apesar da chance das crianças de ter o problema ser especialmente baixa, deve ser reconhecida e tratada com seriedade”, explica a professora de cardiologia Selina Kikkenborg Berg, uma das autoras do estudo, em entrevista à CNN Internacional.
A pediatra Amy Edwards, que não participou do estudo, afirma que os resultados são importantes para provar que a Covid longa pode afetar crianças e que é essencial vaciná-las contra o coronavírus.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram
“Está cada vez mais claro que não é um fenômeno isolado, resultados assim estão aparecendo em estudos de vários países. A Covid longa está acontecendo em mais crianças do que achávamos anteriormente”, afirma.
Fonte: Metrópoles