Empresa CPI buscou viabilizar compra da Covaxin, com emissão de carta-fiança à Precisa Medicamentos
O presidente da Fib Bank, Roberto Pereira Ramos Junior, é ouvido nesta quarta-feira, 25, na CPI da Covid para esclarecer possíveis irregularidades na negociação da vacina Covaxin com o governo.
A empresa foi responsável por emitir uma carta-fiança à Precisa Medicamentos, cujo documento foi apresentado ao Ministério da Saúde para cumprir uma das etapas da negociação da vacina indiana alvo da CPI. O documento afiançava o valor de R$ 80,7 milhões, equivalente a 5% do R$ 1,6 bilhão do contrato.
A Fib Bank não possui autorização do Banco Central (BC) para oferecer esse tipo de garantia e, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), só instituições autorizadas pelo BC podem emitir essas fianças bancárias.
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Os questionamentos da sessão desta quarta-feira deverão ficar centrados no fato de o Ministério da Saúde aceitar o documento da Fib Bank, mesmo sem que a empresa seja um banco de verdade. "É um banco fake", comentou a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
Na segunda-feira, Roberto Pereira Ramos Junior pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não seja obrigado a comparecer à CPI. Ele recebeu a permissão de ficar em silêncio quando puder ser incriminado, mas deverá responder as demais perguntas.
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Fonte: G1