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11/01/2023

Crânio de 9 mil anos tem rosto reconstruído por brasileiros

Foto: Reprodução

O “Crânio de Jericó”, como é conhecida a famosa caixa craniana pertencente a um humano que viveu há cerca de 9 mil anos, teve a aparência do seu rosto revelada por meio de uma técnica de reconstrução facial. O projeto inovador foi liderado por um grupo de pesquisadores brasileiros.

 

A pesquisa conduzida pelo designer 3D Cícero Moraes, o professor de odontologia Thiago Beaini e o arqueólogo Moacir Elias Santos, trouxe avanços em relação ao método utilizado pelo Museu Britânico em 2016. Na ocasião, especialistas criaram um modelo tridimensional do crânio com base em uma microtomografia computadorizada.

 

Usando métodos diferentes, os brasileiros traçaram detalhes do rosto a partir da análise da anatomia dos restos mortais. Nesta aproximação facial, eles adicionaram nariz, boca e orelhas, além dos pelos, inspirados nas características climáticas da região, conforme o estudo publicado na revista OrtogOnline Mag em dezembro.

 

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Encontrado durante escavações lideradas pela arqueóloga Kathleen Kenyon em 1953, o Crânio de Jericó estava junto a outras seis cabeças enterradas na cidade de Jericó, atualmente pertencente ao território da Cisjordânia. Envoltas em gesso, todas elas eram preenchidas de terra e tinham conchas de búzios nas cavidades oculares.

 

HOMEM OU MULHER?

 

(Fonte: OrtogOnline Mag/Reprodução)

 

Desde a descoberta do crânio de 9 mil anos em Jericó, uma dúvida tomou conta dos pesquisadores: a cabeça pertenceu a um homem ou uma mulher? Inicialmente, acreditou-se que o material guardado no museu londrino era feminino, por conta dos traços ambíguos encontrados.

 

Porém, as análises feitas com tecnologias mais recentes sugerem uma maior presença de aspectos masculinos, de acordo com Moraes. Ossos grandes, nariz com ângulo mais fechado e palato profundo são algumas das características que indicam material pertencente a um homem “robusto”, como descreve o artigo.

 

A nova aproximação facial realizada pelos pesquisadores brasileiros afirma também que a Caveira de Jericó era de um homem de cabelos escuros que tinha entre 30 e 40 anos. A idade foi sugerida com base em como uma lesão nos ossos foi curada.

 

Já o estudo mais detalhado dos arcos dentais revelou a presença de cáries, lesões e desgastes, além de dois abcessos, indicando que ele pode ter sofrido com problemas dentários. Outra característica identificada foi o alongamento artificial do crânio quando mais jovem, mas ainda não se sabe a causa disso.

 

MISTÉRIOS NÃO REVELADOS

 

(Fonte: OrtogOnline Mag/Reprodução)

Foto: Reprodução

 

A princípio, especulou-se que os crânios encontrados por Kenyon na cidade antiga de Jericó pertenciam aos primeiros habitantes da região. Mas uma descoberta posterior, com mais de 50 cabeças enterradas envolvendo a mesma técnica, sugere que o material seja relíquia de uma prática funerária.

 

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Como só foram analisados os dados do crânio de Jericó do Museu Britânico, até o momento, os autores da investigação acreditam que somente uma análise completa do material pode ajudar a decifrar alguns mistérios ainda pendentes sobre as origens dos restos mortais.

 

Fonte: Mega Curioso

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