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12/01/2023

Crânio revela que os incas já realizavam cirurgias sofisticadas

Foto: Reprodução

Embora os incas sejam mais conhecidos por sua arquitetura, cerâmica e técnicas de tecelagem avançadas, eles também desenvolveram práticas médicas complexas. Suas habilidades medicinais só foram conhecidas no século XIX, após um diplomata americano encontrar um artefato que mudaria a visão sobre essa civilização.

 

Em 1864, o americano Ephraim George Squier teve uma experiência inesquecível durante sua viagem ao Peru. Apaixonado por arqueologia, Squier havia sido enviado pelo então presidente estadunidense Abraham Lincoln ao país para garantir o suprimento de guano, um fertilizante rico em nitrogênio e fósforo encontrado nas ilhas da América do Sul.

 

Depois de um ano de viagens e pesquisas, ele chegou a Cusco, uma cidade isolada na região dos Andes.

 

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O CRÂNIO NO MUSEU DE ZENTINO

 

Em Cusco, Squier foi apresentado à senhora María Ana Centeno de Romainville, popularmente conhecida por Zentino, uma colecionadora de antiguidades que possuía uma espécie de museu em sua casa, chamado por Squier de "palácio" devido à sua riqueza de objetos e decoração.

 

Entre as inúmeras peças valiosas do museu da senhora Zentino, Squier se deparou com algo inesperado: um crânio humano com uma série de incisões cirúrgicas.

 

Ele ficou perplexo ao ver que essas incisões eram bastante precisas e limpas, tanto que pareciam ter sido feitas com instrumentos cirúrgicos modernos. No entanto, o crânio datava de muito antes da invenção desses instrumentos, o que deixou o pesquisador ainda mais surpreso.

 

Além disso, ele percebeu resquícios do crescimento de osso no local das incisões, o que indicava que o dono daquele crânio continuou vivo após o procedimento médico, fato impressionante já que a taxa de mortalidade em cirurgias na cabeça nesse período era altíssima em outros lugares do mundo.

 

DO CETICISMO À REVELAÇÃO

 

Será que ainda há fatos desconhecidos sobre os incas? (Fonte: Shutterstock)

Foto: Reprodução

 

De início, muitos daqueles que tiveram acesso ao crânio não acreditaram que aquelas marcas eram provenientes de uma trepanação — técnica de perfuração que remove parte do osso craniano — por uma civilização antiga, sendo mais absurdo que essa pessoa teria sobrevivido à cirurgia. Afinal, se já era complicado fazer cirurgias desse tipo na Era Moderna, imagine em tempos passados?

 

Essa descrença só caiu por terra após o famoso professor Paul Broca, da Universidade de Paris, confirmar que as incisões do crânio trazido por Squier eram de fato feitas por sujeitos que sabiam o que estavam fazendo, ou seja, era uma técnica que eles dominavam.

 

Desde então, os demais pesquisadores tiveram que repensar como viam os povos antigos, principalmente com relação às práticas médicas.

 

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Inclusive, em pesquisa recente, o neurologista David Kushner, da Universidade de Miami, concluiu que a taxa de sucesso das cirurgias cranianas feitas pelos incas era superior às feitas pelos cirurgiões da Guerra Civil Americana (1861 a 1865), alcançando 80% de êxito contra 50% dos americanos.

 

Fonte: Mega Curioso

 

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