20 de Maio de 2024 - Ano 10
NOTÍCIAS
Internacional
12/06/2022

Decisão iminente da Suprema Corte dos EUA deve mudar leis sobre aborto

Foto: Reprodução

Desde que a Suprema Corte dos EUA determinou, em 1973, que o acesso ao aborto era um direito constitucional, mais de 50 países modificaram suas leis para torná-las menos restritivas. Agora, com a possibilidade de reversão do precedente histórico, defensores de regras mais liberais temem um efeito dominó, com cada vez mais países limitando o aborto, enquanto grupos antiaborto veem a chance de inverter uma tendência de décadas.

 

Há expectativa de que a Suprema Corte tome uma decisão até o fim do mês ou no começo de julho sobre derrubar ou não o precedente chamado de Roe versus Wade, que tornou o aborto uma prerrogativa federal. O recente vazamento do rascunho da decisão indica alteração. Com isso, Estados ficariam livres para definir legislações mais restritivas, mas não seriam condicionados a fazê-lo. Aqueles administrados por republicanos tendem a mudar a lei, com regras que poderiam servir de modelo a países mais conservadores.

 

Segundo dados do Center for Reproductive Rights, que faz o levantamento das leis de aborto no mundo, há mais de 70 países que permitem o procedimento - apenas com limitações de tempo gestacional. Por outro lado, 24 países proíbem completamente, mesmo em caso de risco para a mulher.

 

Veja também

 

Debate sobre aborto nos EUA influenciará mundo todo, diz pesquisadora

 

Mais de 300 protestos pelo direito ao aborto acontecem nos EUA

 

INFLUÊNCIA

 

Muito antes de Roe versus Wade se tornar uma discussão nos EUA, alguns países já possuíam leis que permitiam a interrupção da gravidez, a maioria deles do bloco soviético. Com a permissão da corte americana, pouco a pouco, outras leis foram se inspirando no precedente.

 

"Esse movimento nos EUA é muito importante, porque o país se projeta como farol mundial. Então, seu papel é crucial para divulgar no exterior essa ideia de que os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres devem ser respeitados", disse Almudena Cabezas González, professora na Universidad Complutense de Madrid.

 

"Houve uma ampliação dessas lutas, nos anos 60 e 70, e então veio esta importante decisão dos EUA. Em seguida, em poucos anos, leis também foram aprovadas na Holanda (1984), na França (1975) e em outros países", completa González.

 

Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no FacebookTwitter e no Instagram.

Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram

 

A Tunísia foi o primeiro país muçulmano a liberalizar o aborto, em 1964, mas apenas em certas condições, como saúde e controle populacional. Poucos meses após Roe versus Wade, o país liberou o procedimento até os 3 meses de gravidez.

 

Fonte: Correio Braziliense

LEIA MAIS
DEIXE SEU COMENTÁRIO

Nome:

Mensagem:

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

publicidade

Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais

Copyright © 2013 - 2024. Portal do Zacarias - Todos os direitos reservados.