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Desmatamento ilegal já suspendeu R$ 720 milhões em crédito rural em 2024
Foto: Reprodução

Essa é uma das ações que o governo federal vem adotando para tentar inibir o crime ambiental contra a derrubada das florestas públicas

Somente este ano, R$ 720 milhões em 1.235 operações de crédito rural deixaram de ser concedidos a produtores rurais porque envolviam áreas embargadas por desmatamento ilegal, informou o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), André Rodolfo de Lima.

 

Essa é uma das ações que o governo federal vem adotando para tentar inibir o crime ambiental contra a derrubada das florestas públicas e, assim, frear o desmatamento nos biomas brasileiros, principalmente na Amazônia Legal, que nos últimos 12 meses conseguiu reduzir em 30,6% a taxa de devastação.

 

Mesmo com a vitória da redução na taxa de desmatamento, a Amazônia ainda perdeu 6.288 km2 de florestas, entre agosto de 2023 e julho de 2024, segundo os dados do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No período anterior, foram 9.001 km2 devastados.

 

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Além de buscar os responsáveis, o governo quer obrigar que eles recuperem as áreas.A meta do governo brasileiro é pelo desmatamento zero até 2030 e, para isso, nos dois últimos anos foi necessário remontar toda a estrutura ambiental governamental para combater o crime contra a floresta e, agora, para enfrentar as consequências das mudanças climáticas, cujas alterações favorecem a degradação.

 

De acordo com o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, uma vez registrado o desmatamento ilegal, a legislação brasileira prevê dois encaminhamentos para tentar reparar o dado: um é o embargo da área, impedindo o uso econômico de qualquer produto realizado naquele local; a segunda são as ações judiciais para a recuperação ambiental da região devastada ilegalmente.

 

Foto: Reprodução

 

“O Ibama tem feito um trabalho muito grande, em alguns estados, de embargar. Se você desmatou uma área ilegalmente, você não pode utilizar a área, nenhum produto ali produzido pode ser comercializado”, informou Capobianco.Segundo o MMA, a Advogacia Geral da União (AGU) já ingressou com 73 ações civis públicas (ACPs) para a reparação de danos ambientais na Amazônia. Os dados não mostram quanto já se recuperou no histórico de monitoramento do desmatamento do bioma.

 

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Mapeamento anual de cobertura e uso da terra no Brasil de 1985 a 2023 do Mapbiomas mostra que, nesse período, a Amazônia já perdeu 14% de sua cobertura nativa. Em 1985, tinha 80% de seu território coberto de vegetação natural, enquanto no ano passado, foram registrados 68%. Nesse período, a área ocupada pela agropecuária saiu de 3% para 16%. 

 

Fonte: Revista Cenarium

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