Camila Batista / Semsa
A primeira webconferência “Diálogos na Atenção Primária à Saúde” de 2022, a ser realizada nesta quarta-feira 12/1, às 15h, pela plataforma Google Meet, destacará as formas de prevenção, tratamento, busca ativa e demais ações para identificação de casos de hanseníase realizadas pela Prefeitura de Manaus. Com o tema, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) tem o objetivo de sensibilizar a sociedade acerca dos sintomas e tratamento da hanseníase, uma doença milenar, que ainda é ainda alvo de preconceito, mas que tem cura quando o diagnóstico e tratamento são realizados de forma precoce.
A webconferência será conduzida pela chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, enfermeira Ingrid Simone Alves dos Santos, que vai falar sobre os cursos de capacitação para a busca ativa de casos, a importância do diagnóstico precoce, a mobilização do “Janeiro Roxo” e as ações rotineiras desenvolvidas pela Semsa para o combate à doença.
A secretária municipal de Saúde, Shádia Fraxe, destaca a relevância do tema reforçando que os sintomas da hanseníase podem levar de dois a sete anos para se manifestarem, daí a importância do diagnóstico precoce.
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“Este tema é fundamental para evitar as sequelas da doença, que muitas vezes são irreversíveis. Por isso é necessário fortalecer a detecção precoce, porque a hanseníase tem cura. A Semsa vem realizando um trabalho incansável para sensibilizar a população acerca dos sinais e sintomas e a webconferência Diálogos na APS é uma maneira de reforçar essas informações, junto aos servidores, que são fundamentais na qualificação dos serviços de saúde, salientou.
Campanha
A campanha “Janeiro Roxo”, que teve início no dia 3/1, é um movimento nacional que destaca a prevenção e o controle da hanseníase. Em Manaus, uma das ações do movimento é a busca ativa de casos nos bairros Colônia Antônio Aleixo, Jorge Teixeira, Cidade de Deus, Santa Etelvina, Novo Aleixo, Alvorada, Compensa, Petrópolis, Centro, Cachoeirinha, Praça 14 de Janeiro e Japiim, totalizando mais de mil visitas a ser realizadas pelos agentes de saúde.
Durante a visita, os agentes de saúde aplicam um formulário que, depois de preenchido, é entregue para a equipe de saúde do território. As respostas são analisadas e, conforme o caso, uma consulta é agendada na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da casa do paciente para uma avaliação mais detalhada. Uma vez confirmada a necessidade de acompanhamento por um dermatologista, o usuário é encaminhado para atendimento com um especialista em 11 unidades de saúde.
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Números
Em 2019, foram registrados 120 novos casos de hanseníase na capital amazonense. Em 2020, 70 novos casos foram diagnosticados e em 2021, o número chegou a 100 casos novos. Essas informações demonstram um aumento de 42,85% nos casos novos quando comparados ao ano de 2020, atribuído, em parte, à intensificação da busca ativa de casos.