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19/07/2019

Diego insiste em liderar sem protagonismo e simboliza um Flamengo que fica só no 'quase'

Foto: ALEXANDRE LOUREIRO / ELEVEN / ESTADÃO

Camisa 10 abraça status de referência, mas não transforma investimento em rendimento e acumula decepções nos momentos de decisão

 Diego abriu a disputa por pênaltis contra o Athletico-PR com o peso de quase 70 mil olhares e um retrospecto recente nada animador em decisões. O mais novo erro gritou alto e teve reação imediata no Maracanã. Camisa 10 e capitão do Flamengo de Jorge Jesus, o meia foi novamente refém do protagonismo que faz questão de abraçar.

 

Diego carrega o status de líder do elenco, mas essa função se resume ao posto de porta-voz. Dentro de campo, o protagonismo pouco aparece nos momentos de maior importância para o time.

 

Os discursos, antes abraçados por grande parte da torcida mesmo em momentos de derrota, hoje explodem em rejeição. "A dor no peito" não comove e é rapidamente superada pela lembrança dos pênaltis perdidos pelo camisa 10 contra Cruzeiro, na final da Copa do Brasil, e Palmeiras, adversário direto no Campeonato Brasileiro de 2017.

 

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Em 2016, Diego entrou na pilha criada pela torcida e chegou a destacar o "privilégio de sentir vários cheirinhos", dando sua pequena contribuição para o meme preferido pelos rivais do Flamengo nos últimos anos.

 

Contratado como referência, o meia, até aqui, passou apagado nas reais chances de conquista e ficou marcado pelas sucessivas entrevistas melancólicas após derrotas. Integrando um elenco com peças de destaque, virou símbolo de um Flamengo que investe e se reestrutura, mas fica só no quase.

 

A semifinal da Copa do Brasil contra o Botafogo, em 2017, surge como ponto fora da curva, com o gol da classificação após jogada antológica de Berrío.

 

Jogador de grupo, o meia tem o apoio dos companheiros. A qualidade em campo, em situações de menor pressão, é também notória. O erro, talvez, seja o pacote de altas cifras adquirido ao se investir em Diego: espera-se um craque, ganha-se uma peça de elenco.

 

Excesso de vontade e acúmulo de cartões


Nos 147 jogos oficiais com a camisa rubro-negra, a palavra que define Diego é inconstância. Em certos momentos desses três anos, contribuiu para isso a escolha questionável de técnicos que insistem em escalar o camisa 10 numa posição recuada, para aproveitar a saída de bola. Jorge Jesus é mais um a fazer esse teste, assim como foram Reinaldo Rueda e Maurício Barbieri.

 

Sem cacoete para marcar e com excesso de vontade, Diego deixa buracos - foi ali no meio que Bruno Nazário recebeu totalmente livre para dar o passe do gol do Athletico - e coleciona cartões. Um dado: o camisa 10 recebeu 44 amarelos e um vermelho pelo Flamengo; Cuéllar, homem de marcação da equipe, tem 25 amarelos e três expulsões em 159 partidas.

 

Diego já levou 44 cartões amarelos desde que chegou ao Flamengo â?? Foto: André Durão / GloboEsporte.com

Foto: André Durão / GloboEsporte.com

 

O ciclo, iniciado em 2016, atingiu momento crítico de desgaste após o pênalti defendido por Santos no Maracanã, na quarta-feira. O restante do semestre, com Brasileiro e Libertadores em andamento, se oferece como esperança para amenizar um casamento marcado por deslizes.

 

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Diego não deve ser julgado por omissão. Não é do perfil do jogador de 34 anos se esconder em campo. Mas quem assume o papel de liderança precisa arcar com as consequências, principalmente quando a capacidade de fraquejar aparece como conceito recorrente no repertório. O holofote que o camisa 10 carrega com tanta naturalidade, na altura da relação com o clube, deveria iluminar bem mais do que duas taças de Campeonato Carioca.

 

Globo Esporte

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