Casal entrou no estabelecimento, lotado de clientes vestidos de verde e amarelo, e foi informado da restrição homofóbica, que é crime, por um garçom
O arquiteto e designer Fernando Pimentel e o seu marido, o advogado Rafael Monteagudo, foram na tarde do feriado do Bicentenário da Independência ao Bar Popeye, no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, para tomar um chopp.
Só que ao fazerem o pedido a um dos garçons do estabelecimento foram surpreendidos com uma resposta absurda: um dos donos do local, identificado como Milton Caruso de Freitas, tinha deixado uma ordem expressa para que homossexuais não fossem atendidos no bar.
De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, no jornal carioca O Globo, o empresário é um ferrenho seguidor do presidente Jair Bolsonaro e, no momento do lamentável acontecimento, o Popeye estava lotado de clientes vestidos de verde e amarelo, possivelmente festejando o vergonhoso ato político-eleitoral realizado pelo presidente durante as comemorações de Estado da data cívico-militar, que ocorria no vizinho bairro de Copacabana.
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“Os ecos das falas machistas de Bolsonaro chegaram aos restaurantes e botecos do Rio, onde frequentadores que não vestiam as cores do exército do presidente sofreram diversas formas de constrangimento... No Popeye, quem vestia verde e amarelo, bebia livremente”, disse o casal vítima de homofobia, o que é crime no Brasil.
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Para não entrarem numa confusão maior ainda, visto a clientela que ocupava o estabelecimento e os ânimos já à flor da pele por conta do discurso de ódio de Bolsonaro no feriado, Fernando e Rafael resolveram sair do local e irem registrar um boletim de ocorrência na 14ª Delegacia de Polícia, no Leblon.
Fonte: Fórum