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21/08/2022

Egocentrismo de Cuca joga temporada do Galo no lixo

Foto: Reprodução

Cuca, treinador do Atlético-MG, durante partida contra o Palmeiras válida pela Libertadores

Cuca tem carreira vitoriosa no futebol brasileiro e conquistou o direito de trabalhar quando e onde quiser.

 

A saída do Atlético Mineiro no final de 2021 foi legítima e a causa alegada mais que justa: ficar mais próximo da família. Mas havia várias formas de fazê-la pensando no futuro do clube.

 

Poderia ter avisado os dirigentes no dia 2 de dezembro, quando o time confirmou matematicamente o título do Brasileiro depois de 50 anos, grande meta do clube na temporada. Ou até no dia 15, depois de consolidar a conquista da Copa do Brasil.

 

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Deixou para fazê-lo no dia 28, período complicado entre Natal e Reveillón, atrasando e dificultando a busca de um sucessor. Já é notório que Cuca não gosta de disputar estaduais, prefere comandar times na "hora do filé" e é uma opção de carreira. Pois então que deixasse lá o irmão e auxiliar Cuquinha para manter a linha de trabalho. Se preferisse só voltar a trabalhar em 2023, talvez para a CBF, que liberasse e até incentivasse o seu braço direito a tentar um voo solo.

 

Parece claro, desde a saída do Palmeiras em contexto semelhante depois do título brasileiro de 2016, que Cuca só pensa nele. Descansar corpo e mente, não se desgastar com torneios menos importantes e esperar o insucesso daquele que chega, quase sempre em uma escolha apressada e sem muito critério, para voltar nos braços da torcida, como um messias para salvar a nau e colocá-la no rumo certo.

 

Não deu certo em 2017 e agora o fracasso parece inevitável, ainda mais depois da derrota em casa para o Goiás por 1 a 0 que mantém o atual campeão em uma incômoda sétima posição, fora do G-6. Ainda dá para beliscar uma vaga na Libertadores, já que a tendência novamente é termos uma "farra" caso brasileiros conquistem Libertadores e Sul-Americana, o que parece mais provável. Só não será condizente com a qualidade do elenco e o nível de investimento dos mecenas.

 

O ano já seria complexo, pela "barriga cheia" de tantos títulos. A mobilização não era simples e talvez fosse um ano para transformar a Libertadores na principal meta, até pelo amargo da eliminação no gol "qualificado" do Palmeiras na semifinal, depois de pênalti perdido por Hulk no Allianz e incrível chance desperdiçada por Vargas para decretar os 2 a 0 no Mineirão. Sem contar a falha de Nathan Silva contra Verón que terminou no gol salvador de Dudu.

 

Cuca preferiu largar no colo do "Turco" Mohamed, que foi contratado após várias recusas de outros técnicos, inclusive de Jorge Jesus. Título estadual protocolar, Supercopa do Brasil conquistada com mais sorte que juízo, sendo inferior ao Flamengo nos 90 minutos em Cuiabá e salvando quatro "match points" até Hulk colocar nas redes a segunda cobrança do atacante na longa série e Vitinho falhar.

 

Nas principais competições, espasmos de bom futebol e mobilização, com um time menos intenso e organizado defensivamente, cedendo muitos espaços entre os setores e com a nítida queda física e técnica de Hulk.

 

Na volta de Cuca, o estrago era maior do que se poderia imaginar e corrigir rapidamente. Sem contar os focos de insatisfação no elenco, dos que se sentiram "traídos" pela saída repentina no final do ano passado.

 

Ainda assim, teve a classificação para as semifinais da Libertadores nos pés e falhou, em Belo Horizonte depois de abrir 2 a 0 e ao ficar com dois homens a mais em São Paulo. O Galo conseguiu ser o primeiro derrotado pelo Palmeiras de Abel Ferreira em seis decisões por pênaltis. Sem contar as bobagens ditas em coletivas depois, que só transformaram o duro revés em vexame.

 

Para piorar, a sombra do que aconteceu na Suíça nos anos 1980 que até hoje merece uma explicação e, principalmente, um pedido sincero de desculpas. Uma mancha indelével e que cresce conforme a sociedade se transforma e não tolera mais certos atos naturalizados no passado.

 

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Se Cuca sonhava com a seleção brasileira depois da já anunciada saída de Tite, ficou bem mais complicado. Porque o trabalho na volta ao Galo é, sem meias palavras, ridículo até aqui. E com poucas chances de recuperação. De novo o treinador de temperamento indecifrável pagou pelo egocentrismo que jogou a temporada do Atlético no lixo.

 

Fonte:UOL

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