Ela conseguiu fugir de seita da fome que matou mais de 200 pessoas

Salema Masha é uma das poucas sobreviventes do culto de Shakahola, também conhecido como "seita da fome", que matou cerca de 200 pessoas na região sul do Quênia.

Ela ingressou em 2019 na Igreja Internacional da Boa Notícia, comandada pelo pastor Paul Mackenzie. Convencida por seu marido, ela levou seus filhos para viver na Floresta de Shakahola, descria pelo líder religioso como ' A Terra Santa'.

Lá, Mackenzie convencia as pessoas a fazer jejuns extremamente longos e rígidos, que causavam a morte de mulheres, homens e crianças.

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Salema Masha percebeu que havia algo de errado quando foi ao funeral de oito crianças que haviam morrido de fome em apenas um dia.

Então, ela se rebelou contra a seita. “Quando a criança chora ou pede comida ou água, mandam-nos pegar numa bengala e bater-lhe para ir comer no céu”, explica Salema. "Então eu pensei sobre isso e disse que não posso continuar com essa situação, não posso comer enquanto meu filho está morrendo de fome. Eu disse a mim mesmo, se me sinto tão mal quando jejuo, e meu filho?", afirmou à BBC, mídia estatal britânica.

Após questionar a dor de suas crianças, ela percebeu que seu marido e o pastor acabaram se revoltando contra ela. Eles, então, forçaram que ela jejuasse por quatro dias seguidos, assim como suas crianças. Quatro dias depois, quando viu seu marido indo embora para trabalhar fora, ela decidiu reunir seus filhos e fugir pela floresta de Shakahola.

Salema diz que foi impedida de sair por outros membros do culto, mas não parou, e, quilômetros depois, chegou à estrada principal depois de caminhar vários quilômetros, conseguiu uma carona para voltar para sua família.

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Ela escapou de ser uma das mais de 200 vítimas do culto de Paul Mackenzie, que está preso por conta da atrocidade realizada no Quênia. 

Fonte: Revista Fórum