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16/11/2020

Eleição da pandemia: país tem maior abstenção desde 1996

Foto: Reprodução

Mais de 31 milhões de eleitores não votaram neste pleito, segundo dados do TSE

A eleição deste ano ficará registrada com o pleito com maior número de abstenção da História. Dados preliminares do TSE mostram que o número de eleitores que o número de eleitores que não compareceram já é o maior ao menos desde 1996.

 

Com pouco mais de 87% das urnas apuradas, o número de brasileiros que não votaram atingiu 23,48%, acima do percentual de 18,3% registrado em 1996. São 31 milhões de eleitores que não votaram. Em 2016, 17,58% do eleitorado não compareceram, o equivalente a 25,3 milhões de eleitores.

 

O crescimento da abstenção já era aguardado por cientistas políticos e técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em virtude das limitações de mobilidade causadas pela pandemia de Covid-19. O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, chegou a afirmar que a abstenção poderia chegar a 30%.

 

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Em todas as 26 capitais, houve crescimento da abstenção na comparação com 2016.Os dados do TSE, no entanto, indicam que o recorde não foi homogêneo em todo o país. Há municípios que registraram índices menores que o aferido no último pleito, principalmente pequenas cidades.

 

Quando consideradas àquelas com mais de 200 mil habitantes, a taxa é 26,4%, enquanto nas cidades do interior abaixo de 10 mil, atingiu 15,29%. Historicamente, a abstenção tem sido maior nas grandes cidades, acima de 500 mil habitantes.

 

Crescimento no Rio e em SP


No Rio, a abstenção atingiu de 32,83% do eleitorado da cidade. É o maior percentual nos 20 últimos anos na cidade em que não votar é uma marca na comparação nacional. Em São Paulo, o percentual passou de 21,8% para 29,2%.

 

Mais de 1,5 milhão de eleitores cariocas deixaram de comparecer em uma das seções eleitorais espalhadas pelas 49 zonas eleitorais da cidade. Em São Paulo, foram 2,6 milhões. Se comparado com a quantidade de votos registrados até o fechamento desta edição, o número é maior do que o registrado por Eduardo Paes (DEM), que obteve pouco mais de 926 mil votos.


Pela cidade, o percentual não foi homogêneo. Enquanto a 5ª Zona Eleitoral, responsável por seções em Copacabana e Leme, na Zona Sul, o percentual de pessoas que se abstiveram de votar chegou a 44%. De acordo com dados do TSE, são nessas localidades onde há uma maior presença de idosos no eleitorado. Já o menor percentual foi registrado na Zona Norte, na 167ª Zona Eleitoral, responsável por Anchieta, Costa Barros, Pavuna e Ricardo de Albuquerque, atingiu 20,55%.

 

Em algumas cidades onde as pesquisas de intenção de voto apontavam uma larga vantagem para determinado candidato, houve aumento substancial no não comparecimento. Em Curitiba, onde o prefeito Rafael Greca (DEM) foi reeleito, a abstenção atingiu 30,1%, praticamente o dobro do registrado em 2016, quando 16,4% dos curitibanos não compareceram às urnas.

 

Em Florianópolis, a abstenção também foi alta: chegou a 28,65% do total de votantes. Em 2016, esse percentual foi de 12,25%. Nas pesquisas, o atual prefeito Gean Loureiro (DEM) sempre indicou que ganharia com facilidade.

 

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O mesmo foi registrado em Campo Grande, onde o atual prefeito Marquinhos Trad (PSD) venceu em primeiro turno com 52% dos votos válidos. Na capital do Mato Grosso do Sul, 25,14% do eleitorado não compareceu — 5,9 pontos acima do registrado quatro anos atrás, quando 19% não votou.

 

O Globo

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