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24/05/2020

Em apoio a Heleno, militares da reserva atacam STF e falam em guerra civil

Foto: Reprodução

Carta assinada por 89 militares da reserva afirma que alguns ministros do Supremo "trazem ao país insegurança e instabilidade"

Um grupo composto por 89 militares da reserva publicou carta apoiando a nota assinada na tarde da última sexta (22/05) pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno. No documento, Heleno dizia que a possível apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro, sugerida pelo ministro do STF Celso de Mello, poderia trazer “consequências imprevisíveis” ao Brasil.

 

Assinada por formados em 1971 pela Academia das Agulhas Negras, a carta dos militares da reserva apresenta “a mais completa, total e irrestrita solidariedade” ao general Heleno. “Não só em relação à nota à nação brasileira, por ele expedida em 22 de maio de 2020, mas também em relação a sua liderança, a sua irrepreensível conduta como militar, como cidadão e como ministro de Estado”, continua.

 

A nota ainda reúne ataques a ministros do STF e argumenta que a conduta de alguns deles pode levar o país a uma guerra civil.

 

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“Temos acompanhado pelo noticiário das redes sociais (porquanto, com raríssimas exceções, o das redes de TV, jornais e rádios é tendencioso, desonesto, mentiroso e canalha, como bem assevera o Exmº. Sr. presidente da República), as sucessivas arbitrariedades, que beiram a ilegalidade e a desonestidade, praticadas por este bando de apadrinhados que foram alçados à condição de ministros do STF, a maioria sem que tivesse sequer logrado aprovação em concurso de juiz de primeira instância”, diz o documento.

 

Os militares afirmam que “faltam a ministros, não todos, do STF, nobreza, decência, dignidade, honra, patriotismo e senso de justiça”. “Assim, trazem ao país insegurança e instabilidade, com grave risco de crise institucional com desfecho imprevisível, quiçá, na pior hipótese, guerra civil”, alertam.

 

No fim da carta, os 89 militares se mostram dispostos a defender o Brasil “com o sacrifício da própria vida”: “Não mais temos a jovialidade de cadetes de então, mas mantemos, na maturidade e na consciência, incólumes o patriotismo, o sentimento do dever, o entusiasmo e o compromisso maior, assumido diante da Bandeira, de defender as Instituições, a honra, a lei e a ordem do Brasil”.

 

Leia a nota na íntegra:

 

SOLIDARIEDADE AO GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA

 

Nós, oficiais da reserva do Exército Brasileiro, integrantes da Turma Marechal Castello Branco, formados pela “SAGRADA CASA” da Academia Militar das Agulhas Negras em 1971, e companheiros dos bancos escolares das escolas militares que, embora tenham seguido outros caminhos, compartilham os mesmos ideais, viemos a público externar a mais completa, total e irrestrita solidariedade ao GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, não só em relação à Nota à Nação Brasileira, por ele expedida em 22 de maio de 2020, mas também em relação a sua liderança, a sua irrepreensível conduta como militar, como cidadão e como ministro de Estado.

 

Alto lá, “ministros” do stf!

 

Temos acompanhado pelo noticiário das redes sociais (porquanto, com raríssimas exceções, o das redes de TV, jornais e rádios é tendencioso, desonesto, mentiroso e canalha, como bem assevera o Exmº. Sr. presidente da República), as sucessivas arbitrariedades, que beiram a ilegalidade e a desonestidade, praticadas por este bando de apadrinhados que foram alçados à condição de ministros do stf, a maioria sem que tivesse sequer logrado aprovação em concurso de juiz de primeira instância.

 

Assistimos, calados e em respeito à preservação da paz no país, à violenta arbitrariedade de busca e apreensão, por determinação de conluio de dois “ministros”, cometida contra o General Paulo Chagas, colega de turma. Mas o silêncio dos bons vem incentivando a ação descabida dos maus, que confundem respeito e tentativa de não contribuir para conturbar o ambiente nacional com obediência cega a “autoridades” ou conformismo a seus desmandos. Aprendemos, desde cedo, que ordens absurdas e ilegais não devem ser cumpridas.

 

Desnecessário enumerar as interferências descabidas, ilegais, injustas, arbitrárias, violentas contra o Exmº Sr. Presidente da República, seus ministros e cidadãos de bem, enquanto condenados são soltos, computador e celular do agressor do então candidato Jair Bolsonaro são protegidos em razão de uma canetada, sem fundamentação jurídica, mas apenas pelo bel-prazer de um ministro qualquer.

 

Chega!

 

Juiz que um dia delinquiu – e/ou delinque todos os dias com decisões arbitrárias e com sentenças e decisões ao arrepio da lei – facilmente perdoa.

 

Perdoa, apoia, põe em liberdade e defende criminosos, mas quer mostrar poder e arrogância à custa de pessoas de bem e autoridades legitimamente constituídas. Vemos, por esta razão, ladrão, corrupto e condenado passeando pela Europa a falar mal do Brasil. Menos mal ao país fizeram os corruptos do mensalão e do petrolão, os corruptos petistas e seus asseclas que os maus juízes que, hoje, fazem ao solapar a justiça do país e se posicionar politicamente, como lacaios de seus nomeadores, sequazes vermelhos e vendilhões impatrióticos.

 

O cunho indelével da nobreza da alma humana é a justiça e o sentimento de justiça. Faltam a ministros, não todos, do stf, nobreza, decência, dignidade, honra, patriotismo e senso de justiça. Assim, trazem ao país insegurança e instabilidade, com grave risco de crise institucional com desfecho imprevisível, quiçá, na pior hipótese, guerra civil. Mas os que se julgam deuses do Olimpo se acham incólumes e superiores a tudo e todos, a saborear lagosta e a bebericar vinhos nobres; a vaidade e o poder lhes cegam bom senso e grandeza.

 

Estamos na reserva das fileiras de nosso Exército. Nem todos os reflexos são os mesmos da juventude. Não mais temos a jovialidade de cadetes de então, mas mantemos, na maturidade e na consciência, incólumes o patriotismo, o sentimento do dever, o entusiasmo e o compromisso maior, assumido diante da Bandeira, de defender as Instituições, a honra, a lei e a ordem do Brasil com o sacrifício da própria vida. Este compromisso não tem prazo de validade; ad eternum.

 

Brasília, 23 de maio de 2020.

  

Assinam (o nome aparece em ordem alfabética):


Adonai de Ávila Camargo Coronel de Infantaria


Alvarim Pires do Couto Filho Coronel de Infantaria


Álvaro Vieira Coronel Engenheiro Militar


Alzelino Ferreira da Silva. Coronel Comunicações


Amaury Faia Coronel de Infantaria


Anquises Paulo Stori Paquete Coronel de Infantaria


Antônio Carlos Gay Thomé Coronel Engenheiro Militar


Antônio Carlos da Silva Portela General de Brigada


Antônio Ferreira Sobrinho Coronel de Artilharia]Augusto Cesar Lobão Moreira Promotor de Justiça


Carlos Alberto Dias Vieira Engenheiro


Carlos Alberto Zanatta Coronel Engenheiro Militar


Carlos Augusto da Costa Brown Coronel de Infantaria


Carlos Soares Coronel Engenheiro Militar


Celso Bueno da Fonseca Coronel de Cavalaria


Chacur Roberto Jorge Major de Material Belico


Cláudio Eustáquio Duarte Coronel de Infantaria


Dalton Domingues Coronel do Quadro de Material Bélico


Décio Machado Borba Júnior Coronel Infantaria


Édson Pires dos Santos Coronel de Infantaria


Edu Antunes Coronel de Infantaria


Eduardo de Carvalho Ferreira Coronel do Quadro de Material Bélico


Eduardo José Navarro Bacellar Coronel de Comunicações


Eliasar de Oliveira Almeida Coronel de Artilharia


Emilio Wagner Kourrouski Coronel de Cavalaria


Ênio Antonio Alves dos Anjos Coronel de Comunicações


Fernando Francisco Vieira Major de Artilharia


Fernando Freire Coronel de Infantaria


Francisco José da Cunha Pires Soeiro Coronel Engenheiro


Fernando Ruy Ramos Santos Coronel de Intendência


Francisco de Assis Alvarez Marques Coronel de Artilharia


Gabriel Cruz Pires Ribeiro Coronel de Comunicações


Genino Jorge Cosendey Coronel de Engenharia


Gilberto Machado da Rosa Coronel de Engenharia


Ivanio Jorge Fialho Coronel de Intendência


Jeová Ferreira Rocha Coronel do Quadro de Material Bélico


Johnson Bertoluci Coronel de Engenharia


João Cunha Neto Coronel de Infantaria


João Henrique Pereira Allemand Coronel de Comunicações


João Vicente Barboza Coronel de Infantaria


Jorge Alberto Durgante Colpo Coronel de Artilharia


Jorge Cosendey Coronel de Engenharia


José Benedito Figueiredo Coronel de Artilharia


José Carlos Abdo Coronel de Engenharia


José Eurico Andrade Neves Coronel de Cavalaria


José Rossi Morelli Coronel de Engenharia


Josias Dutra Moura Coronel de Intendência


Julio Joaquim da Costa Lino Dunham


Juarez Antônio da Silva Coronel de Infantaria


Lincoln Ungaretti Branco Coronel de Infantaria


Luiz Antônio Gonzaga Coronel de Artilharia


Luiz Dionisio Aramis de Mattos Vieira Coronel de Cavalaria


Manoel Francisco Nunes Gomes Coronel de Infantaria


Márcio Visconti Coronel de Cavalaria


Marco Antônio Cunha Coronel de Infantaria


Marino Luiz da Rosa Coronel de Comunicações


Nelson Gomes Coronel de Engenharia


Moacir Klapouch Coronel de Intendência


Nilton Nunes Ramos Coronel de Infantaria


Nilton Pinto França Coronel de Artilharia


Norberto Lopes da Cruz Coronel de Infantaria


Osiris Hernandez de Barros Coronel de Cavalaria


Pascoal Bernardino Rosa Vaz Coronel de Cavalaria


Paulo Cesar Alves Schutt Coronel de Infantaria


Paulo César Fonseca Coronel de Infantaria


Paulo Goulart dos Santos Coronel de Infantaria


Paulo Sérgio de Carvalho Alvarenga Coronel do Quadro de Engenheiros Militares


Paulo Sérgio do Nascimento Silva Coronel de Infantaria


Pedro Sérgio Chagas da Silva Coronel do Quadro de Material Bélico


Pedro Paulo da Silva Coronel de Infantaria


Renato César do Nascimento Santana Coronel de Infantaria


Roberto Barbosa Coronel de Infantaria


Ronald Wall Barbosa de Carvalho Engenheiro e empresário


Rubens Vieira Melo Coronel de Artilharia


Rui Antônio Siqueira Coronel de Infantaria


Sebastião Célio de Aquino Almeida Coronel de Intendência


Sérgio Afonso Alves Neto Coronel de Artilharia


Sérgio Antônio Leme Dias Advogado e professor


Siloir José Soccal Coronel de Intendência


Téo Oliveira Borges Coronel de Infantaria


Tércio Azambuja Coronel de Cavalaria


Tiago Augusto Mendes de Melo Coronel de Artilharia


Túlio Cherem General de Exército


Vanildo Braga Vilela Coronel de Engenharia


Vicente Wilson Moura Gaeta Coronel de Intendência


Waldir Roberto Gomes Mattos Coronel de Infantaria


Walter Paulo General de Brigada


Willard Faria Familiar Coronel de Infantaria

 

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Zenilson Ferreira Alves Coronel de Artilharia 

 

Metrópoles

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