A pressão é grande. Afinal, mais de 4,3 milhões de pessoas estão inscritas no Enem 2024, muitas delas concorrendo à tão sonhada vaga na universidade. Na véspera da prova, que acontecerá nos dias 3 e 10 de novembro, fica a dúvida: vale seguir firme no estudo ou é melhor diminuir o ritmo e chegar ao dia seguinte descansado?

Até a realização das provas do Enem 2024 — que acontecerão nos dias 3 e 10 de novembro —, reportagens exclusivas serão publicadas no site do GLOBO, em parceria com a Plataforma AZ de Aprendizagem. Os alunos podem acessar gratuitamente um almanaque especial com dicas sobre como tirar a nota máxima na Redação. O arquivo pode ser compartilhado via WhatsApp.

Professores ouvidos pelo GLOBO recomendam que os estudantes priorizem o descanso e atividades mais relaxantes, além de uma boa noite de sono na noite anterior à prova – o ideal são pelo menos oito horas de repouso. Ou seja, nada de virar a noite estudando.

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— O sono ajuda nossa capacidade de raciocinar e lembrar dos conteúdos estudados. Por isso, um dia antes da prova, é preciso dormir muito bem — observa Raphael Di Lascio, coordenador de Psicologia do Centro Universitário UniDomBosco.

A professora Daniele Lambert, coordenadora de Educação Socioemocional do Colégio Qi, sugere que o estudante reserve o sábado para fazer atividades que normalmente lhe fazem bem, sem experimentar algo novo ou fora da rotina. Uma caminhada ao ar livre ou alongamento leve são boas opções para ajudar a aliviar o estresse e melhorar a postura corporal, o que pode ajudar a ficar sentado por muito tempo durante o exame. Praticar esportes está liberado, mas com moderação, para evitar dores ou lesões, avalia Daniele.

– Se o jovem está acostumado a fazer exercícios físicos regularmente, essa atividade pode fazer parte de sua rotina, o que é positivo, desde que não seja nada exagerado.

Os estudantes também podem encontrar os amigos e assistir a filmes ou séries como forma de relaxar. Em qualquer das opções, o importante é respeitar os limites do corpo e da mente.

– Não exagere com nada, nem com comida nem com bebidas, não exceda horários. Evite baladas, festinhas, videogames estressantes – recomenda Di Lascio.

REVISÃO PARA GERAR CONFIANÇA, NÃO ESTRESSE

Para aqueles que optarem por estudar nos últimos momentos antes da prova, a dica é evitar conteúdos novos e fazer revisões mais pontuais, para lembrar do que já foi aprendido. De acordo com Erick Nery Daniel, coordenador do ensino médio do Colégio Pensi, isso reforça a memória de conceitos já dominados e aumenta a segurança, reduzindo o risco de erros por lapsos de memória.

– Focar nos pontos fracos pode gerar ansiedade e dispersão se o conteúdo ainda não estiver bem assimilado. O ideal é usar os resumos para revisar pontos fundamentais e consolidar informações já estudadas, ganhando confiança no que você já conhece bem – sugere.

Uma revisão em cima da hora pode gerar o efeito contrário e fazer com que o estudante tenha um ‘branco’ no meio da prova, devido ao estresse.

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– Toda vez que você se estressa, você libera um hormônio chamado cortisol. Liberado em excesso, em grandes picos, o cortisol pode promover mortes celulares em regiões da memória e isso ocasiona o que a gente chama de ‘branco’. Quando você tem o ‘branco’, você simplesmente não consegue acessar algum tipo de memória, porque ela foi apagada por conta de excesso de estresse e cortisol. Às vezes uma revisão não calculada, uma revisão desmedida, faz com que o estudante se estresse e isso cause uma série de problemas – alerta Luiz Rafael Silva, professor de Biologia e coordenador pedagógico do Colégio Mopi. 

Fonte: O Globo