A realidade das mulheres em face dos desafios climáticos é sombria: elas têm 14 vezes mais chances de morrer em desastres naturais do que os homens
No coração da crise climática, encontramos uma verdade incontestável: as mulheres são desproporcionalmente afetadas pelos desastres ambientais, mas também emergem como agentes cruciais de mudança.
No Brasil, esta realidade é amplificada pelas disparidades profundas do país, onde mulheres, especialmente as das comunidades mais vulneráveis, enfrentam os impactos das mudanças climáticas de frente. Esta reflexão visa não apenas jogar luz sobre essa intersecção crítica de gênero e meio ambiente, mas também traçar caminhos para uma resposta mais inclusiva e efetiva à nossa emergência climática.
A realidade das mulheres em face dos desafios climáticos é sombria: elas têm 14 vezes mais chances de morrer em desastres naturais do que os homens. Tal vulnerabilidade é agravada em cenários de deslocamento ou desalojamento, onde mulheres deslocadas frequentemente enfrentam condições precárias que as expõem a riscos elevados de violência sexual e de gênero.
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Essas circunstâncias alarmantes evidenciam a necessidade premente de incorporar uma perspectiva de gênero nas estratégias climáticas, reconhecendo a profunda desigualdade que permeia nossa sociedade e contribui para a vulnerabilidade das mulheres em crises ambientais.
Além disso, as mulheres brasileiras enfrentam barreiras significativas devido a uma cultura de discriminação de gênero arraigada, que fundamenta uma ordem social hierárquica e desigual. Em ambientes dominados por homens, como o Congresso Nacional e o setor energético, onde as mulheres ocupam uma minoria das posições de liderança, suas capacidades de influenciar políticas climáticas e participar da transição energética são severamente limitadas. Essa disparidade não apenas enfraquece a resposta do Brasil à crise climática, mas também impede que soluções sustentáveis e inovadoras, lideradas por mulheres, sejam adequadamente exploradas e implementadas.
No entanto, organizações como a Arayara estão desafiando esse status quo, reconhecendo o papel fundamental das mulheres como líderes na luta contra as mudanças climáticas. Ao promover projetos que empoderam mulheres nas comunidades afetadas, a Arayara não apenas aborda os impactos ambientais de maneira holística, mas também fortalece a posição das mulheres como agentes indispensáveis de mudança.
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A questão da igualdade de gênero nas discussões e decisões sobre o clima nunca foi tão crítica. O manifesto pela paridade de gênero na COP 30 representa um esforço vital para garantir que as perspectivas e vozes das mulheres sejam integradas nas negociações climáticas. Este compromisso não é apenas simbólico; ele é um passo concreto em direção a um futuro mais justo e equitativo.
Fonte: Uol