Ao valorizar o alto consumo de proteínas e gorduras saudáveis e quase nada de carboidratos, a dieta cetogênica – seguida por famosos como a socialite americana Kim Kardashian e a modelo brasileira Adriana Lima – pode ser uma boa aliada para pacientes com Alzheimer. A conclusão foi publicada por um grupo de pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Os cientistas ofereceram a dieta a sete pessoas com mais de 71 anos para acompanhar os efeitos da alimentação no cérebro dos pacientes. Os participantes apresentaram leve melhora na memória e no quadro de demência, em comparação aos idosos que não mudaram o cardápio.
Os efeitos também foram melhores do que os proporcionados por alguns remédios, explica o neurologista e autor do estudo, Janson Brandt. “É algo que mais de 400 drogas experimentais não foram capazes de fazer em testes clínicos, o suficiente para justificar estudos maiores e de longo prazo sobre o impacto alimentar na função cerebral”, diz.
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Os bons resultados da dieta cetogênica já foram documentados também em crianças. Um estudo feito pelo Instituto de Saúde da Criança do Reino Unido, publicado em maio deste ano na revista científica The Lancet Neurology, mostra que a dieta tem função neuroprotetora, ajudando a controlar sintomas comuns de epilepsia resistente a medicamentos, como as convulsões.
No ensaio clínico publicado, foram analisadas 145 crianças com epilepsia entre 2 e 16 anos: após receber a dieta cetogência durante seis meses, mais de 80 delas tiveram redução de 75% do número de convulsões. Dessas, 7% apresentaram redução de 90% nas convulsões em comparação com os pacientes que não receberam esse tipo de alimentação.
Os benefícios acontecem pois o cérebro metaboliza melhor nutrientes como proteína e gorduras boas, apontam os autores da pesquisa, se tornando mais saudável e afetando o desenvolvimento de condições que afetam o órgão.
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“A intervenção dessa dieta, em comparação com alguns remédios, oferece a possibilidade de uma melhora mais sutil para o sistema nervoso com menos efeitos colaterais”, explica o pesquisador Cian McCafferty, autor de outra pesquisa publicada na revista The Lancet sobre o mesmo assunto.
Fonte: Metrópoles