Reservas estarão no edital Enem-Unicamp, que já contempla ações afirmativas. Maioria deverá ser adicional, sem reduzir o total de lugares disponíveis, diz Comvest
Com a proposta de ampliar o acesso ao ensino superior, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprovou, no início do mês, a criação de cotas para pessoas trans, travestis e não-binárias no processo seletivo da graduação.
Ao g1, o diretor da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), José Alves de Freitas Neto, tirou as principais dúvidas sobre a medida e garantiu: as vagas de ampla concorrência não serão afetadas.
Não. Segundo José Alves, as vagas específicas para pessoas trans estarão inseridas no edital Enem-Unicamp, que já é voltado para ações afirmativas, como as cotas para estudantes de escolas públicas e para candidatos pretos e pardos.
Veja também
Por isso, a ampla concorrência — que reúne candidatos de escolas públicas e privadas no vestibular tradicional da universidade — não será prejudicada.O processo de seleção prevê que os candidatos façam uma autodeclaração no momento da inscrição. Depois, deverão enviar um relato de vida, onde vão descrever a trajetória de transição e o processo de afirmação da identidade de gênero.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram
Esse relato de vida será avaliado por uma comissão que deverá ser composta por, no mínimo, uma pessoa trans, travesti ou não-binária. Freitas explicou que a universidade não vai analisar a qualidade do relato, mas poderá usá-lo caso haja necessidade de apuração de fraude. “Se o documento for falso, permite cancelar a matrícula”, afirmou.
Fonte: G1