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11/08/2022

Entre socos, voadoras e bandeirões, Flamengo e Vélez fazem semi com folclore de 1995

Foto: Reprodução

Rivalidade é uma definição pesada demais, mas batalha campal no Parque do Sabiá protagonizada por Zadoná, Edmundo e Romário é tema de provocação entre torcidas

Uma semifinal com história. Flamengo e Vélez Sarsfield só se enfrentaram 11 vezes ao longo dos anos, não têm rivalidade aguçada, mas uma briga generalizada em duelo pela extinta Supercopa dos Campeões, 27 anos atrás, deu contornos de folclore ao duelo que definirá um dos finalistas da Libertadores 2022, dia 29 de outubro, em Guayaquil.

 

Faixas e bandeiras confeccionadas pelas duas torcidas ajudam a dar o tom do quanto foi marcante a batalha campal que teve início com o lateral-direito Flávio Zandoná e Edmundo, no Parque do Sabiá, em Uberlândia. O soco do argentino, respondido imediatamente com uma voadora de Romário para defender o então amigo, ficou eternizado no confronto que aconteceu pela primeira vez em Libertadores na edição de 2021, com vitória rubro-negra em Buenos Aires e empate sem gols no Maracanã.

 

A Conmebol divulgará nos próximos dias as datas das semifinais, que vão acontecer no dia 30 ou 31 de agosto em Buenos Aires e no Maracanã dia 6 ou 7 de setembro. Na outra disputa, o Palmeiras aguarda o classificado de Estudiantes e Athletico-PR, nesta quinta-feira, em La Plata.

 

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A BATALHA CAMPAL DE 1995

 

Cada qual com sua verdade, torcedores de Flamengo e Vélez relembram a pancadaria generalizada do 3 a 0 para os rubro-negros em 1995. No encontro da Libertadores do ano passado, ainda com os portões fechados para o público por conta da pandemia, os rubro-negros fizeram uma provocação pontual, que acabou vetada pelo Bepe (Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios).

 

Faixa do soco de Zandoná em Edmundo em estádio na Argentina — Foto: Reprodução

 

Uma das torcidas organizadas estendeu no Maracanã bandeiras que relembravam um drible de Rodrigo Mendes que deixou Zadoná no chão naquela partida e a voadora de Romário segundos após o zagueiro acertar um soco que levou Edmundo a nocaute. A Conmebol retirou as bandeiras na ocasião, mas os torcedores já se preparam para levá-las de volta para arquibancada desta vez. Do lado argentino, a lembrança não é de hoje.

 

Seja em faixas no estádio ou até mesmo em portões nas ruas de Liniers, bairro sede do Vélez, lá está a imagem de Zandoná enchendo a mão no rosto de Edmundo com a frase: "Os 100 bairros". Trata-se muito mais de uma provocação aos torcedores rivais para demonstrar força do que ao Flamengo, mas está lá para todo mundo ver.

 

"FOI UM PEGA PARA CAPAR", LEMBRA APOLINHO

 

Treinador do Flamengo na época, o radialista Washington Rodrigues relembra o episódio. Segundo o "Apolinho", o entrevero começou ainda na vitória por 3 a 2 em Buenos Aires, quando Edmundo foi um dos melhores em campo e irritou os argentinos.

 

Sequência vetada no Maracanã lembrava drible de Rodrigo Mendes e voadora da Romário — Foto: Divulgação

 

- Foi um pega para capar que começou em Buenos Aires e terminou em Uberlândia. Zandoná deu um tapa e fez o Edmundo sangrar. Ele tirou o sangue com a mão e passou no rosto do argentino, mas deu as costas. Foi quando tomou uma pancada que ficou sem som e sem imagem. O Romário daquele tamaninho deu a voadora. Quando a polícia entrou, eu falei que na Argentina eles ficam do lado dele, aqui eles tinham que ficar do nosso lado. Foram dez minutos de pancadaria. Vencemos as duas e foi um duelo que me deu muita alegria - disse em depoimento ao ge no ano passado.

 

 

 

 

Apolinho contou bastidores curiosos da confusão e revelou uma orientação: se tiver confusão, todo mundo tem que entrar. As imagens mostram que jogadores e comissão técnica seguiram à risca.

 

- O que sempre dizia era de que o time do Flamengo era qualificado, não era para dar pancada em ninguém, mas também não podia apanhar.

 

"Vamos jogar bola, mas se tiver briga... Ninguém pode brigar sozinho, se tiver briga de um, é briga de todo mundo. Todo mundo entra em campo e vai para o pau, que o juiz vai ficar tonto sem saber o que fazer".

 

 

OUTROS CONFRONTOS

 

A primeira vez que Flamengo e Vélez se enfrentaram foi em 1993, ano anterior ao título do time argentino na Libertadores contra o São Paulo, e com vitória brasileira no Jose Almafitani: 2 a 0, gols de Nélio e Nilson, pelo torneio amistoso Libertad. Foi o único encontro não oficial entre os clubes que já duelaram por Supercopa, Mercosul e Libertadores.

 

Bruno Henrique, Gabigol e Arrascaeta comemoram gol do Flamengo contra o Velez — Foto: Reuters

Fotos: Reprodução

 

Em 1995, ano da famosa briga em Uberlândia, o Flamengo venceu de virada por 3 a 2 na Argentina e fez 3 a 0 na volta, ainda pela fase de grupos, em campanha que terminou com o vice-campeonato diante do Independiente.

 

Dois anos depois, o Flamengo mandou sua partida pela própria Supercopa no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, e perdeu por 1 a 0. Fora de casa, porém, fez 3 a 0 com show e hat-trick de Sávio.

 

Pela Mercosul, foram quatro confrontos. Em 1998, cada um venceu em casa: 1 x 0 Vélez no Jose Almafitani e 2 x 0 Flamengo no Maracanã. Dois anos depois, empate por 1 a 1 em Buenos Aires e mais um 2 x 0 Flamengo no Rio de Janeiro.

 

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Por fim, os confrontos do ano passado pela Libertadores terminaram em 3 a 2 para o Flamengo na Argentina e empate por 0 a 0 no Maracanã já com os dois clubes classificados para as oitavas de final.

 

Fonte: GE

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