Recinto religioso do governante romano-germânico Otto I foi descoberto por arqueólogos na Alemanha, ao lado de várias sepulturas contendo restos mortais humanos
Arqueólogos que procuravam um palácio real na Alemanha acabaram se deparando com uma igreja construída no século 10, em nome do primeiro imperador romano-germânico, Otto I (ou Otto, o Grande).
A descoberta ocorreu durante escavações próximas à cidade de Helfta, no território estadual da Saxônia-Anhalt.
O trabalho de pesquisa, conduzido pelo Escritório Estadual de Preservação de Monumentos e Arqueologia da Saxônia-Anhalt, revela que o grande templo tinha três corredores, de cerca de 30 metros de comprimento. Provavelmente, trata-se de uma igreja chamada Radegundis, segundo o órgão.
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O local de culto foi destruído no século 16, durante a Reforma Protestante, que originou novos ramos do Cristianismo, instaurando mudanças contra dogmas da Igreja Católica. Mas ruínas e registros históricos do templo ainda guardam diversos trechos de seu passado de tradição religiosa.
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Já nas primeiras semanas, os arqueólogos fizeram descobertas “extraordinariamente empolgantes”, de acordo com comunicado. Na igreja, foram achados artefatos como um crucifixo de bronze do século 13, um broche esmaltado do século 9 e várias moedas.
Segundo os pesquisadores, o local havia sido descrito pelo famoso historiador Thietmar von Merseburg, segundo o qual Otto I esteve presente na inauguração da basílica. Merseburg menciona a igreja em dois relatos: um em 1012 e outro em 1018.
Sepulturas de tijolos do lado de fora da igreja guardam ossos humanos
Ao redor das ruínas da catedral, arqueólogos também encontraram vários túmulos, incluindo alguns feitos de tijolos. Os restos mortais presentes nas sepulturas, contudo, ainda não foram identificados e estão em análise, enquanto as escavações continuam em Helfta.
Os pesquisadores, no entanto, ainda esperam encontrar o palacete perdido que procuram desde 2020. A equipe acredita que a construção deve estar perto da igreja do imperador, já que Otto I controlou muitos territórios, em toda a Europa Central, de 962 até sua morte, em 973 d.C.
Fonte: Galileu