19 de Abril de 2024 - Ano 10
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07/04/2021

Escolhido pelo presidente Bolsonaro Abin afasta servidor e anuncia processo contra jornalistas em caso sobre Flávio Bolsonaro

Foto: Reprodução

Em vídeo, diretor-geral da agência diz que imprensa criou

O diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Informação), Alexandre Ramagem, informou que um servidor foi afastado sob suspeita de falsear e vazar informações relativas a uma suposta atuação da agência a favor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o filho 01 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

 

Em nota na manhã desta quarta-feira (7), o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência, da qual a Abin é subordinada, afirma que há "fortes indícios da participação de um servidor, que falseou a verdade e repassou informações à imprensa".

 

De acordo com o órgão, que tem status de ministério, as buscas e apreensões foram feitas na Abin, na estação de trabalho do servidor e na casa dele. "Auditoria, realizada na base de dados da Agência, afasta, por completo, qualquer possibilidade de confecção dos relatórios divulgados", diz a nota.

 

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Ramagem e o GSI disseram ainda que estão adotando medidas jurídicas contra os jornalistas que divulgaram reportagens sobre o assunto.

 

Em 11 de dezembro do ano passado, a revista Época publicou que a Abin produziu relatórios para ajudar a defender Flávio no suposto esquema de "rachadinhas" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

 

Em um dos documentos, segundo a revista, a Abin deixou claro o objetivo: "Defender FB no caso Alerj demonstrando a nulidade processual resultante de acessos imotivados aos dados fiscais de FB". FB é Flávio Bolsonaro, e Alerj, Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

 

Advogados de Flávio querem provar que as investigações do caso das "rachadinhas" foram iniciadas por causa de ações ilegais da Receita Federal —a Abin teria emitido os relatórios para ajudar os advogados a comprovarem isso.

 

O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro é acusado de liderar um esquema de “rachadinha” em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa, levado a cabo por meio de 12 funcionários fantasmas entre 2007 e 2018, período em que exerceu o mandato de deputado estadual.

 

Flávio foi denunciado em novembro de 2020 pela Promotoria fluminense sob a acusação dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Ele nega as acusações.


Segundo a revista Época, em outubro de 2020, os advogados de Flávio acionaram o Gabinete de Segurança Institucional e outros órgãos do governo federal, com autorização do presidente Bolsonaro, para obter provas que possam anular as investigações sobre as supostas "rachadinhas".

 

O acionamento do GSI foi confirmado pela defesa do próprio senador, que afirmou se tratar de “suspeitas de irregularidades das informações” nos relatórios do Coaf, órgão de inteligência financeira, que originaram a investigação contra o filho do presidente.

 

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Em 18 de dezembro, a revista afirmou que a advogada Luciana Pires, que defende Flávio, disse que Ramagem enviou para o celular do filho do presidente os documentos publicados pela reportagem e que veio do diretor da Abin a orientação de que a defesa protocolasse petição na Receita Federal solicitando de maneira formal documentos que embasassem a suspeita de que o senador havia sido alvo de devassa ilegal por servidores do Fisco.

 

Fonte: Folha de São Paulo

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