Os partidos de esquerda investem, em média, duas vezes mais recursos financeiros que partidos de centro e de direita juntos em candidaturas LGBT+. Estes candidatos recebem, no entanto, menos de 6% do teto dos partidos. Em grandes cidades, o índice diminui para 2%.
Os dados fazem parte do levantamento A Política LGBT+ Brasileira: entre potências e apagamentos, da organização #VoteLGBT. A instituição promove pesquisas sobre a participação política de minorias sociais com apoio do Fundo ERA, do Victory Institute e do Google.org.
A #VoteLGBT entrevistou 30 candidatos e eleitos no pleito de 2020 e depois, a partir das respostas recebidas, montou questionários que foram enviados aos partidos políticos.
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Entre os eleitos, 54% se identificam ideologicamente como de esquerda, 24% como de centro e 22% de direita. Os representantes LGBT+ brasileiros têm divisão de gênero bem divididas: 49% dos eleitos se identificam com identidades femininas e, 51%, masculinas.
A Região Sudeste concentra 61% das representações LGBT+ eleitas no país, quantidade maior do que as outras quatro outras regiões juntas. Localmente, dois a cada três parlamentares são as únicas representações LGBT+ nas cidades.
Os ataques homofóbicos são frequentes durante o processo eleitoral. Entre os candidatos, 54% relatam ter sofrido violência durante a campanha. Em 56%, os partidos não tomaram providência alguma sobre as ameaças.
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PANORAMA NACIONAL
O levantamento mostrou, também, quantos candidatos e eleitos se declaram LGBT+ atualmente.
Veja:
Senado Federal: quatro candidatos e um eleito (2018);
Câmara Federal: 57 candidatos e quatro eleitos (2018);
Assembleias Estaduais: 96 candidatos e seis eleitos (2018);
Câmaras Municipais: 556 candidatos e 97 eleitos (2020).
Fonte: Metrópoles