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Plantão Policial
23/07/2019

Estes são o sargento da PM e o professor acusados de estuprar três irmãs adolescentes em Manaus

Foto: Divulgação

O professor e o sargento da reserva foram presos na manhã desta segunda-feira

O "PORTAL DO ZACARIAS" divulgou em primeira mão, mas somente no final da tarde desta segunda-feira, 22, foram divulgados mais detalhes sobre a prisão do sargento da Polícia Militar da reserva Antônio Joselito Coutinho Viana, de 53 anos, e do professor de Língua Portuguesa João Batista da Costa e Silva, 66.


Os dois homens são acusados de estupro de vulnerável, satisfação de lascívia e favorecimento da prostituição. A delegada Joyce Coelho informou que o sargento foi preso na Rua 23 do Conjunto Hileia, bairro DA Redenção, Zona Centro-Oeste de Manaus.


Policiais do Grupo Fera e da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente prenderam o professor de Língua Portuguesa foi preso nas imediações da Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc-AM), situada na segunda etapa do bairro do Japiim, Zona Sul.

 

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O professor é funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço para a Seduc-AM. O educador e o sargento PM foram presos em cumprimento a mandados de prisão temporária, com prazo de 30 dias.


De acordo com a delegada Joyce Coelho, foram cumpridos também na Operação Kori dois mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas no dia 18 de julho deste ano pela juíza Themis Catunda de Souza Lourenço, no Plantão Criminal.


As investigações iniciaram no dia 3 de julho deste ano, após uma das vítimas, uma jovem que agora tem 19 anos, registrar Boletim de Ocorrência (BO) na especializada. A vítima denunciou os abusos sexuais sofridos pelas duas irmãs dela, duas adolescentes, de 14 e 15 anos, com deficiência intelectual, praticados em situações distintas.

 

Sargento da reserva Antônio Joselito


Na ocasião, a jovem também relatou que foi abusada pelos dois homens quando era menor de idade, em ocasiões diferentes. A jovem disse que conheceu o professor de Língua Portuguesa quando tinha 13 anos.

 

A partir daí o professor João Batista conheceu a família da jovem e passou a doar alimentos e dinheiro para a família e levou a adolescente para trabalhar como auxiliar de doméstica na casa dele e lá praticava os abusos sexuais.


Posteriormente, contou a denunciante à delegada, o professor também passou a abusar das duas irmãs da jovem, com os estupros acontecendo no prédio onde funciona um curso preparatório situado no Centro, onde João Batista ministra aulas.


A delegada esclareceu que realmente trata-se de um caso de abuso sexual crônico, tendo como vítimas três meninas da mesma família. Uma agora com 19 anos, e as outras com 14 e 15 anos.


As irmãs mais jovens são pessoas com deficiência intelectual e, de acordo com o que foi denunciado na Deapca, tudo iniciou com a mais velha. Ela relatou que, aos 13 anos, estava em uma situação de mendicância, pedindo nas ruas.

 

Professor João Batista 


Foi nessa época que a jovem, que então era uma adolescente em situação de extrema necessidade foi abordada pelo professor, que ofereceu um emprego de auxiliar doméstica e, a partir daí iniciou os abusos em sua casa, revelou a delegada titular da Deapca.


Por sua vez, o sargento trabalha nas proximidades da residência das vítimas, no bairro DE Santa Etelvina, Zona Norte, e por ser uma família em situação de mendicância, opolicial militar ganhou a confiança da família, doando alimentos, roupas e, inclusive, dinheiro.


O sargento da reserva Antônio Joselito passou a abusar primeiro da irmã mais velha e, após ela sair de casa, ele iniciou os abusos sexuais periodicamente com outras duas adolescentes em motéis da cidade.


De acordo com a delegada Joyce Coelho, as irmãs estupradas relataram que moravam perto do local onde o sargento trabalhava e que iam buscar comidas doadas pelo policial militar e quando ele adquiriu a confiança da família começou a praticar os abusos.


Os dois acusados não se conheciam e, apesar da prisão do professor e do sargento, a investigação vai ter prosseguimento na Delegacia Especializada em Apoio a Criança e ao Adolescente.

 

Delegada Joyce Coelho revelou todos os detalhes da

investigação e o crime praticado pelos acusados (Fotos: Divulgação) 


Durante a entrevista, a delegada titular reafirmou que é um caso típico de exploração sexual comercial, no qual pessoas se aproveitam da vulnerabilidade social dessas meninas para praticar os abusos em troca de comida, dinheiro e também de peças de roupas.


A titular da DEPCA informou, ainda, que as investigações em torno do caso irão continuar e que há uma terceira pessoa, que ainda está sendo investigada. Também existem indícios que os pais das crianças tenham participação e provavelmente sejam indiciados.


POSICIONAMENTO

 

Em nota, a Seduc-AM informou que João Batista da Costa e Silva era funcionário de uma empresa terceirizada e não atuava em sala de aula, sendo responsável por funções técnicas.


O Comando da Polícia Militar informou que o fato envolvendo o policial da reserva remunerada já está sendo apurado pela Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) da instituição. O comando da corporação enfatizou que Antônio Joselito não está mais no regime da ativa, mas que não exime o sargento de responder à instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM).


Antônio Joselito e João Batista serão indiciados por estupro de vulnerável, satisfação de lascívia e favorecimento da prostituição. Ao término das oitivas no prédio da Deapca, o sargento da PMAM será levado para o Batalhão de Guarda da PMAM. Já o professor de Língua Portuguesa será conduzido ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).


‘Kori’ – A operação recebeu este nome em alusão à deusa Kori, considerada a protetora das crianças no candomblé. 

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