Presidente dos EUA, Joe Biden (D), ao lado do premier do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, na Casa Branca
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o premier do Iraque, Mustafa al-Kadhimi, anunciaram nesta segunda-feira o fim das missões de combate envolvendo militares americanos em solo iraquiano no fim do ano, sete anos depois do retorno das tropas ao país árabe para apoiar ações contra o grupo terrorista Estado Islâmico.
— [O papel dos EUA no Iraque] será ficar disponível para continuar a treinar, assistir, ajudar e lidar com o Estado Islâmico se ele se insurgir, mas não estaremos mais em uma zona de combate até o fim do ano — afirmou Biden no Salão Oval. — Apoiamos o fortalecimento da democracia iraquiana. E estamos comprometidos com nossa cooperação de segurança e nossa luta contra o Estado Islâmico. Isso é crucial para a estabilidade regional, e nossa cooperação contra o terrorismo continuará, mesmo nessa nova fase.
Um comunicado com os detalhes do acordo deve ser divulgado ainda nesta segunda-feira.
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O impacto da medida será mais simbólica do que prático. Ainda não há, por exemplo, qualquer menção à redução nos contingentes no Iraque, hoje em torno de 2,5 mil, nem sobre a postura diante das milícias pró-Irã, com quem os militares americanos se envolvem em recorrentes combates e ataques localizados. Oficialmente, o papel será manter o apoio às forças iraquianas e proteger locais como a embaixada em Bagdá.
— Os números (de militares no Iraque) serão aqueles necessários para a missão naquele momento — afirmou, antes do encontro, a secretária de Imprensa, Jen Psaki. — O real anúncio hoje é sobre uma mudança da missão.
Fotos: Reproduções
A medida tenta acalmar políticos iraquianos de partidos alinhados a Teerã e que pressionam o governo local a não permitir militares dos EUA dentro do Iraque — em janeiro do ano passado, o Parlamento chegou a aprovar uma lei para expulsar as tropas americanas do país. Na época, o então presidente Donald Trump ameaçou impor sanções contra Bagdá. A lei jamais foi implementada.
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A pressão pela retirada também vem das ruas. Assim, ter em mãos uma data para o fim das operações de combate dos EUA pode ser um trunfo para al-Kadhimi junto à opinião pública, meses antes das eleições parlamentares de outubro.
Fonte: O Globo