A prisão aconteceu em decorrência de uma investigação do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro que apura lavagem de dinheiro em esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa fluminense
Ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz foi preso no início da manhã de hoje em Atibaia (SP) por ordem da Justiça do Rio.
De acordo com um investigador, Queiroz estava escondido em um imóvel que pertence ao advogado do atual senador, o criminalista Frederick Wassef, segundo informou a Polícia Civil de São Paulo.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela Justiça fluminense a pedido do Ministério Público do Estado do Rio, que investiga o ex-assessor de Flávio Bolsonaro como operador de um esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio. Queiroz foi assessor de Flávio quando este era deputado estadual.
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A prisão foi cumprida por policiais civis de São Paulo e investigadores do Ministério Público paulista em uma operação conjunta com o Ministério Público do Rio.
Queiroz será encaminhado ainda hoje ao Rio de Janeiro onde ficará preso. Ele deverá ser ouvido por promotores de Justiça do Ministério Público do Rio, informou um investigador.
Apreensões
Durante a prisão de Fabrício Queiroz hoje, foram apreendidos dois celulares, documentos e pequeno valor em dinheiro, segundo apuração da TV Globo.
Queiroz estava em uma casa em Atibaia, em São Paulo. Ele não teria esboçado reação ao ser preso, e disse aos policiais que estaria com saúde abalada, de acordo com a TV Globo. Estava acompanhado de um casal de caseiros, que informou aos agentes policiais que trabalhariam ali na casa há um ano, e não sabiam quem Queiroz era.
Ainda segundo a TV Globo, Queiroz estaria na residência há um ano. Não havia armas na casa. Os policiais tiveram que arrombar a porta para cumprir mandado de prisão, informou a rede de televisão.
Segundo informações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) a ação que prendeu Queiroz foi denominada "Operação Anjo".
Flávio Bolsonaro elogiou Queiroz
O senador Flavio Bolsonaro elogiou o ex-assessor Fabrício Queiroz no fim de maio, durante uma live realizada no perfil do Instagram do político. Na época, a intenção do senador era rebater acusações de corrupção contra ele, feitas na ocasião pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), no dia em que o governador foi alvo de ação da Polícia Federal (PF).
No dia da live, 26 de maio, Flavio Bolsonaro lembrou que existiria um procedimento contra ele no Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). O inquérito que ele se referiu é o que investiga suposto esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na época em que ele, Flavio, era deputado. Flavio classificou a investigação como "perseguição política", durante a live.
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Fotos: Reprodução
"Estou sendo investigado há dois anos. Nem denúncia tem contra mim, porque não tem elementos para denunciar", afirmou ele na ocasião.
Na live, Flavio Bolsonaro afirmou que, durante a corrida eleitoral pelo governo do Estado, quando o senador ajudou o atual governador em sua campanha pelo Rio de Janeiro, Witzel ligava para Queiroz. "Você ficava ligando para o Queiroz, botava assessor para ligar para ele, para saber onde eu estava. Porque sabia que o Queiroz estava do meu lado trabalhando, um cara correto, trabalhador, dando sangue por aquilo em que ele acredita", disse Flavio Bolsonaro, na ocasião.
O Globo