Crowley, que se machucou treinando em uma academia em Dubai, nos Emirados Árabes
Na última semana, o vídeo do fisiculturista britânico Ryan Crowley, 23, "estourando" a musculatura do peitoral enquanto fazia supino chamou a atenção nas redes sociais e provocou arrepios em muita gente. A imagem (abaixo) que mostra o momento exato em que a lesão ocorre foi publicada no Instagram do também fisiculturista Larry Whells.
Crowley, que se machucou treinando em uma academia em Dubai, nos Emirados Árabes, precisou passar por uma cirurgia, que segundo post de Whells foi realizada com sucesso graças a uma vaquinha que arrecadou dinheiro para pagar o procedimento.
O médico Alexandre Stivanin, ortopedista do Hospital Samaritano e membro da Sbot (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), explica que o fisiculturista provavelmente sofreu uma distensão (ou estiramento) muscular, lesão caracterizada pelo rompimento parcial ou total das fibras de um músculo —e que em alguns casos o problema pode até atingir o tendão.
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"A lesão ocorre quando um músculo é exigido além do limite de resistência de suas fibras para executar um movimento. Isso geralmente acontece devido ao excesso de carga em um exercício e/ou porque o músculo está fadigado por ter sido exigido em várias atividades seguidas sem tempo adequado para se recuperar", explica Stivanin.
Se a lesão acomete apenas as fibras musculares, o tratamento costuma ser feito com imobilização da região afetada por quatro a seis semanas e o uso de medicamentos para minimizar a dor e a inflamação. Agora, quando o problema envolve também o tendão, é necessário cirurgia para "reconectar" as fibras musculares ao tecido conjuntivo que liga a extremidade do músculo ao osso.
"Nesse caso, o tempo de recuperação da cirurgia é de seis a oito semanas e depois o atleta precisa fazer um tratamento com um fisioterapeuta para recuperar a função muscular."
Atletas amadores também podem ter lesão
Não pense que o rompimento das fibras musculares afeta apenas fisiculturistas que pegam pesado na academia e atletas profissionais.
O ortopedista Alexandre Stivanin diz que a lesão é comum em atletas amadores, especialmente aqueles que praticam exercícios somente ao final de semana.
"Essas pessoas não têm uma musculatura bem preparada e aí podem sofrer um estiramento ao exigir demais dela jogando futebol ou correndo, por exemplo."
Para evitar o problema, o ideal é praticar exercícios físicos regularmente (quatro a cinco vezes por semana) e fazer um trabalho de fortalecimento muscular com orientação de um profissional de educação física.
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"Quem faz musculação, corre, joga futebol etc. deve sempre seguir um programa de treinamento bem planejado. O treino deve promover o aumento gradual da força e resistência muscular sem usar cargas que ultrapassem o limite do corpo. Também é importante a rotina de exercícios ter um tempo adequado de descanso para permitir a recuperação das fibras musculares e seu desenvolvimento."
Fonte: UOL