Assessoria do senador enviou um ofício, sem data, no qual ele é convidado a participar de atividades na ilha
Após reportagem que revelou viagem com passagens pagas pelo Senado para o feriado de Finados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), em Fernando de Noronha, a assessoria do senador divulgou nota, nesta terça-feira (3/10), na qual afirma que a viagem ao arquipélago ocorreu “a serviço”, atendendo a um convite feito pelo Conselho Distrital da ilha.
A assessoria do senador enviou um ofício, assinado pelo presidente do conselho, Milton Luna da Silva, que informa a volta das atividades de turismo no último dia 10 de outubro e que convida o senador a participar de agendas entre os dias 29 de outubro e 2 de novembro. Segundo a assessoria, o convite a Flávio Bolsonaro também teria sido feito pela Embratur.
O ofício apresentado não é datado e também não detalha as atividades para as quais o senador teria sido convidado. A assessoria também não soube informar quando o senador recebeu o convite.
Veja também
Flávio Bolsonaro vai a Fernando de Noronha com passagens pagas pelo Senado e alega equívoco
Defesa de Flávio Bolsonaro entra com pedido para PGR investigar a Receita
Na nota, a assessoria informou ainda que “o parlamentar, consciente e previamente, optou por não solicitar diárias para a viagem a Fernando de Noronha” e reforçou a versão de que houve equívoco de seus assessores ao pedirem o ressarcimento. Segundo a nota, o senador decidiu levar a mulher, Fernanda Antunes, por perceber que havia “intervalos na agenda de trabalho”.
“Sobre a restituição das passagens, vale ressaltar que a viagem deu-se a serviço, a partir de convite da administração da ilha e da Embratur, conforme documentos anexados. Em face da existência de intervalos na agenda de trabalho, o parlamentar optou por levar a esposa e, por isso, não quis exercer seu direito de ressarcimento da própria passagem. Um erro administrativo, no entanto, gerou o pedido de reembolso. Com a identificação do ocorrido a partir da matéria publicada, foram adotadas as providências para a restituição do reembolso – o que já foi feito”.
Atentado
A nota ainda ressalta a necessidade de segurança para o senador e aponta o atentado a faca sofrido pelo seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, durante o primeiro turno da campanha, em 2018.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatsApp.
“Com relação à proteção, o senador tem direito a segurança constante, a serviço ou não, sendo tal prestação objeto de ajuste entre o Senado Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. Afinal, a família já foi vítima de um atentado que quase provocou a morte do atual presidente da República e, sabidamente, criminosos ou terroristas não fazem folga em finais de semana ou feriados”.
Metrópoles