O valor da fortuna do monarca britânico inclui propriedades como Sandringham e Balmoral, mas exclui os bens vinculados à Coroa e à função real
O patrimônio pessoal do Rei Charles III registrou crescimento no último ano, conforme divulgado pela mais recente edição da tradicional "Lista dos Ricos", publicada pelo jornal "The Sunday Times".
A relação anual reúne algumas das figuras mais influentes e financeiramente destacadas do Reino Unido, como o piloto Lewis Hamilton, o casal David e Victoria Beckham, o músico Elton John e, naturalmente, o chefe de Estado britânico.
Embora a edição deste ano tenha apresentado uma redução no número de bilionários — são 156 contra os 165 do levantamento anterior —, o monarca britânico não figura entre os integrantes desse seleto grupo. Ainda assim, seu patrimônio pessoal teve um aumento expressivo, somando aproximadamente R$ 4,34 bilhões, o que o posiciona na 238ª colocação do ranking.
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A delimitação do que constitui, de fato, a fortuna pessoal do rei tem sido tema recorrente de discussão. Muitos dos bens ligados à monarquia são, na realidade, propriedades da Coroa, ou seja, vinculados à função institucional e não à pessoa do monarca. Por essa razão, há divergências sobre quais ativos devem ser considerados parte de sua riqueza particular.
O próprio Times esclarece que ativos como o Ducado de Lancaster e os bens formais da Coroa não foram incluídos na estimativa, uma vez que são atrelados ao cargo e não podem ser livremente vendidos ou explorados com fins lucrativos. A publicação compara a situação a um executivo que não poderia considerar equipamentos corporativos como patrimônio pessoal.
Itens simbólicos da realeza, como joias, peças de arte, tapeçarias e mobiliário histórico, integram a chamada Coleção Real. Apesar de estarem sob guarda do soberano, não pertencem a ele como indivíduo, mas à instituição monárquica.
O biógrafo Robert Hardman, citado pelo Times, destaca que a percepção pública sobre a riqueza da família real nem sempre corresponde à realidade: "A monarquia britânica não é tão rica quanto se imagina. Não creio que o rei seja bilionário."
Entre os bens efetivamente privados do Rei Charles, destacam-se as propriedades de Sandringham e Balmoral — duas residências frequentemente associadas ao uso pessoal da família real.
Sandringham, cuja casa principal foi avaliada em cerca de R$ 372 milhões em 2022, gera receitas por meio de visitas turísticas e produtos de marca própria, como sucos artesanais. Já Balmoral, tradicional refúgio de verão da família, possui um valor estimado em R$ 1,42 bilhão, considerando não apenas o castelo (avaliado em R$ 408 milhões), mas também suas vastas áreas naturais, como florestas, lagos e montanhas.
O rei também herdou parte do espólio de seus pais, a Rainha Elizabeth II e o Príncipe Philip. No entanto, os detalhes financeiros da herança são pouco conhecidos, uma vez que os testamentos dos membros seniores da realeza permanecem sob sigilo.
Fotos:Reprodução
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A fortuna da falecida Rainha Elizabeth incluía uma carteira de investimentos estimada em cerca de R$ 841 milhões. Já a sua coleção privada de arte, selos e os rendimentos gerados por décadas de criação de cavalos de raça são de avaliação incerta, devido à dificuldade em determinar o valor exato desses ativos.
Fonte: O Globo