Os candidatos à Presidência da França Emmanuel Macron e Marine Le Pen se enfrentaram na noite desta quarta-feira (20/4) no único debate entre eles nesta campanha. O embate acontece quatro dias antes do segundo turno no país.
Atrás nas pesquisas de opinião, a ultradireitista Le Pen começou a discursar antes mesmo de o tema musical terminar e focou seus ataques ao desempenho de Macron, atual presidente francês, na economia.
A candidata voltou a se descrever como a “presidente do custo de vida” e a falar sobre seu plano de redução de impostos sobre combustíveis e eletricidade de 20% para 5,5%. “Minha prioridade pelos próximos cinco anos será devolver o dinheiro ao povo francês”, afirmou ela.
Veja também
Zelensky: 'Se tivéssemos mais armas, a guerra já estaria acabada'
Reunião de líderes mundiais discute garantias de segurança para Ucrânia no pós-guerra
Em resposta, Macron, de centro-direita, disse que uma redução permanente de imposto é ineficaz e ressaltou que Le Pen se opôs à medida de intervenção do governo para limitar a alta de preços em eletricidade e gás, no fim do ano passado.
O presidente também criticou o plano econômico da opositora. “Estudei seu programa e não encontrei a palavra ‘desemprego’. Sinal de que estamos fazendo um bom trabalho”, disse. A taxa de desemprego na França é de 7,4%, a menor em quase 14 anos.
No segundo bloco, os candidatos se debruçaram sobre questões de política externa e Macron usou a oportunidade para ressaltar as ligações passadas de Le Pen com com o presidente russo, Vladimir Putin, que invadiu a Ucrãnia. Entre elas, estão um empréstimo que seu partido fez em um banco russo em 2014, de cerca de 9 milhões de euros. “Você depende do poder russo e do presidente Putin”, acusou Macron.
Em sua resposta, Le Pen lembrou das tentativas de aproximação promovidas por Macron no início do mandato, quando recebeu Putin em Versalhes e Brégançon.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatApp e Telegram
Ainda sobre política internacional, o Brasil chegou a ser citado por Le Pen, que acusou Macron de favorecer a importação de alimentos estrangeiros em detrimento de produtos franceses, citando frangos brasileiros.
Fonte: Metrópoles