26 de Julho de 2024 - Ano 10
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20/04/2024

Ganha repercussão nacional o afastamento da tabeliã do cartório de Lábrea, Luciana Barroncas; o caso pode ser desdobrado em uma terceira fase da 'Operação Bandido da Polícia Federal'

Foto: Divulgação

Representantes do TJAM, Incra, SECT e Polícia Federal participaram de operação em Lábrea

Por Xico Nery, correspodente do "PORTAL DO ZACARIAS" no interior do Amazonas - O afastamento da tabeliã Luciana da Cruz Barroncas, afastada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM), do Cartório do 1º Ofício da Comarca do Município de Lábrea, a 700 quilômetros da Capital Manaus, pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJAM) ganhou projeção nacional.

 

Na cidade, muita gente acompanhou o noticiário veiculado pelos principais telejornais do país. No último domingo 14, o Fantástico da Rede Globo de Televisão, não economizou espaço para, em grande estilo, denunciar o que policiais federais acreanos e amazonenses taxaram, por sua conta e risco, de “Operação Palotina 1”.

 

Luciana da Cruz Barroncas, após ser afastada por ordem do Corregedor- Geral de Justiça, desembargador Jomar Fernandes, do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, descobriu-se que ela “faturava cerca de R$ 50 mil por semana em afazeres no Cartório e no Fórum da cidade de Lábrea”.

 

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Justiça e Polícia Federal, e o Desembargador

Jomar Fernandes (de camisa azul)

 

“Ela lucrava, antes de ser afastada, no conjunto de uma suposta dupla função de serventuária exatos R$ 200 mil reais por mês, revelou antigo serventuário da Justiça que teria trabalhado com o antigo chefe do Cartório. À época, durante outra operação federal, o mesmo teria afastado, também, por indícios semelhantes aos da, agora, tabeliã sob investigação do TJAM.

 

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A motivação para que o Corregedor-Geral do Tribunal de Justiça do Amazonas, após investigações preliminares afastasse a tabelião labreana e decretasse intervenção no Cartório do 1º Ofício da Comarca de Lábrea, segundo dados divulgados, teria ligação com a suposta emissão de documentação com indícios de fraudes em registro de imóveis em terás da União na região do “Ramal do Garrafa” na tríplice divisa dos estados de Rondônia, Acre e Amazonas, alegadamente pertencentes ao fazendeiro milionário paulista, Sidney Sanches Zamora.

 

Pecuarista de renome no mercado nacional e internacional de inseminação de gado bovino P.O (Pura Origem) a partir de suas fazendas em Rio Branco, no município de Sena Madureira (AC) e no sul do estado do Amazonas, Sidney Zamora, por seus advogados, alega que desde 1.985 adquiriu cerca de 42 mil hectares em terras, possivelmente, usurpadas da União e que podem ser desdobrada numa possível terceira fase da “Operação Bandido” deflagrada pela Polícia Federal nos anos 2005/20211 , revelou alta fonte familiarizada com o assunto com atuação nos Cartórios de Registro de Imóveis das Comarcas dos municípios de Boca do Acre, Lábrea, Canutama, Tapauá, Beruri, Anori, Anamã (mesorregiões do Purus e Solimões) e Humaitá, Manicoré e Apui.

 

Policiais do Acre e Amazonas pressionando

moradores no Ramal do Garrafa

 

Segundo a 15ª Superintendência Regional do Incra, em Manaus, “o pecuarista não o possui a documentação da terra, ou seja, o Título Definitivo (TD) reconhecido pelo Incra em nenhuma instância”. Portanto, fontes do órgão admitiram, em Brasília, que, “a área ocupada, mansa e pacificamente, por mais de 200 famílias de agricultores familiares pertencem à União”.

 

DEFESA MENTE

 

Em entrevista à mídia nacional, a defesa do fazendeiro milionário que ele desconhece qualquer conflito armado ou sessão de espancamentos de assentados do Incra por seguranças da “Fazenda Palotina 1”, ou mesmo por PMs milicianos do Acre. Porém, as pessoas açoitadas por policiais com chute (coturno), porretes e terçado, entregaram vídeos e áudios (veja imagens) aos desembargadores (federal e estadual) que comprovam as agressões.

 

Em um dos vídeos aparecem os fazendeiros milionários, Sidney Sanches Zamora (pai) e Sidney Sanches Zanora Filho, sob forte segurança armada na área do assentamento Mariele Franco dias antes de acontecer “as agressões dos PMs milicianos do Acre às vsítimas”. Também, em cena, é visto o gerente da Fazenda Palotina 1, de prenome Lucas e um segurança de posse de uma escopeta calibre 12 apontando a arma na direção dos agricultores.

 

O velho Sidney Sanches Zamora (pai, ao fundo) o filho

e o "seguranca" armado na área fo Assentamento Mariele

 

DESDOBRAMENTO FUTURO

 

Após decretar a intervenção no Cartório do 1º Ofício de Lábrea, a pedido do Juízo da 3ª Vara Federal Cível do Amazonas, o Corregedor Jomar Fernandes, exigiu “o imediato cumprimento da medida e esclarecimentos à Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) pela tabeliã, Luciana da Cruz Barroncas e serventuários ligados ao Cartório. Antes, porém, nomeou o interventor Kenny Marcel de Oliveira, sob escolta policial durante o tempo que durar a intervenção.

 

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