O gerente de marketing da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Maiquel Vignatti, tem sofrido duras críticas nas redes após fazer postagem durante a semana em sua conta no Linkedin sobre as denúncias de trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.
Vignatti chegou a considerar “lacração” a saraivada de postagens condenando o crime. De acordo com ele, “criminalizar, boicotar ou até mesmo censurar uma cadeia produtiva ou uma marca séria em seus valores e princípios, por conta de um desvio de conduta de um terceiro, é no mínimo uma atitude que revela oportunismo, sensacionalismo e até mesmo má fé”.
Para ele, “fazer justiça com lacrações por pura visibilidade é ato de necedade. Pensem, pesquisem, se informem, só depois tomem do direito de julgar, mas pela verdade”.
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Internautas não gostaram
A postagem de Vignatti foi condenada por vários internautas. “O cara não gastou um caractere pra defender as pessoas que estavam naquela condição ou repudiar os atos”, escreveu um.
Outra internauta, de maneira mais amena, mas também crítica, afirmou: “Maiquel, admiro demais a sua transparência em se expor aqui em relação a este caso. Contudo, não concordo quando você coloca na mão da sociedade a responsabilidade por pensar, pesquisar, se informar: quem tem esta responsabilidade é quem produz.
Quem escolhe suas relações com Fornecedores e quem as qualifica. Eu vou adorar ver o posicionamento da Vinícola Garibaldi e conhecer a fundo o seu sistema de Gestão de Fornecedores de Serviço que comprove que ela foi pega de surpresa, apesar do emprego das melhores práticas. Mas isso não é de minha responsabilidade buscar: é a empresa que precisa urgentemente trazer a público quais são as suas práticas”.
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Outro disse ainda: “entendo que ver a marca ser associada à uma condição de trabalho análogo à escravidão não deve ser fácil, ainda mais quando afeta diretamente o nosso trabalho, que deveria ser de criar marcas fortes e admiráveis. Mas precisamos trabalhar com o fato: a Garibaldi contratou um terceiro e é sim co-responsável, seja como empresa ou como marca”.
Fonte: Revista Fórum
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