Ministra da SRI afirmou ainda que instalação de comissão atrapalharia as investigações
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira que a instalação de uma CPMI para investigar o escândalo do INSS pode atrasar o ressarcimento das vítimas. O Palácio do Planalto ainda mantém a posição de trabalhar contra a comissão, apesar de petista terem assinado o requerimento para abertura das apurações no Legislativo.
“Uma CPMI, no ambiente de exploração política em que está sendo proposta, pode comprometer o sucesso da investigação policial, que deve permanecer protegida de interferências externas e do vazamento de informações. Também pode atrasar o ressarcimento das vítimas, já que sua duração está prevista para seis meses, impactando nas medidas já em curso. São preocupações que precisamos externar para esclarecer a população. Este governo já suspendeu os descontos, acabando com o roubo aos aposentados, demonstrou que levará as investigações até as últimas consequências e trabalha para ressarcir as vítimas o mais rápido possível”, afirmou Gleisi, nas redes sociais.
Interlocutores políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passaram a tratar desde quinta-feira a CPMI como inevitável. Nesta sexta-feira, Lula se reuniu no Palácio da Alvorada com Gleisi, e os ministros da Previdência Social, Wolney Queiroz, da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), também participou.
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“CPIs são prerrogativa do Legislativo e direito das minorias, instrumento importante em governos que não investigam ou acobertam desvios e corrupção, como ocorreu no governo anterior em relação a Covid e ao roubo dos aposentados no INSS. A engenharia criminosa contra os aposentados começou no governo passado e terminou neste, com o desmonte de uma quadrilha que operava no INSS. Foi pela ação da CGU, sob orientação do governo Lula e da Polícia Federal, que há mais de um ano, em 10 inquéritos, investiga esses criminosos. A prioridade do governo agora, além de punir os responsáveis é ressarcir as pessoas roubadas e aprofundar as investigações até as origens desses crimes”, escreveu a ministra da SRI, em sua postagem, feita após a reunião.
CPIs são prerrogativa do Legislativo e direito das minorias, instrumento importante em governos que não investigam ou acobertam desvios e corrupção, como ocorreu no governo anterior em relação a Covid e ao roubo dos aposentados no INSS. A engenharia criminosa contra os…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) May 16, 2025
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Fonte: O Globo