Secretaria do Ministério da Justiça realizava monitoramento de 579 opositores do governo Bolsonaro. Agora, ministério terá que justificar ação
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento preliminar para buscar informações sobre o monitoramento de 579 opositores do governo do presidente Jair Bolsonaro que teria sido promovido pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça.
Em ofício ao governo federal, o procurador regional dos Direitos do Cidadão Enrico Rodrigues de Freitas, que atua no Rio Grande do Sul, deu prazo de dez dias para que sejam fornecidas informações como a base legal que justificou a apuração, a indicação do objeto do relatório de inteligência e a motivação de sua instauração.
O MPF também pede a relação de autoridades que tiveram acesso ao documento e o motivo da decretação do sigilo sobre o material produzido pelo governo. O procedimento instaurado tem o nome de notícia de fato.
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A existência do relatório foi revelada na semana passada pelo colunista Rubens Valente, do Uol. O dossiê lista 579 servidores federais e estaduais da área de segurança e professores de todas as regiões do país identificados como integrantes do movimento antifascismo.
A Secretaria de Operações Integradas (Seopi) foi criada pelo então ministro Sergio Moro no ano ano passado. O jornal O Estado de S. Paulo mostrou que após André Mendonça assumir o Ministério da Justiça em abril as atribuições do órgão foram alteradas.
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Um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal foi indicado para comandar a secretaria e teria solicitado uma investigação de movimentos que poderiam colocar em risco a 'estabilidade política do atual governo '.
iG