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Guru antienvelhecimento força acordos de confidencialidade para funcionários não revelarem seu comportamento bizarro em empresa
Foto: Reprodução

Empregados não podiam reportar que Bryan Johnson costumava andar pelado no escritório e discutia as suas ereções com eles

Bryan Johnson, o multimilionário e guru antienvelhecimento de 47 anos que gasta US$ 2 milhões (cerca de R$ 11,5 milhões) por ano para "voltar a ter 18 anos" forçar acordos de confidencialidade para silenciar os seus funcionários sobre o seu comportamento bizarro na Blueprint — como andar nu pelo escritório e discutir suas "atividades sexuais, incluindo ereções" com eles.

 

Nos bastidores, Bryan, um ex-missionário mórmon, pressiona funcionários, fornecedores e contratados temporários na sua startup Blueprint, bem como suas parceiras sexuais, a assinar acordos de confidencialidade restritivos, de acordo com reportagem do jornal "The New York Times".

 

Sua obsessão pouco ortodoxa pela saúde ganhou seguidores para sua religião "Don't Die", que é tema até de documentário. Bryan dá palestras aos seus fiéis e crescentes seguidores com ingresso a R$ 2 mil.Logo depois que Bryan ganhou milhões com a venda de sua empresa de pagamentos Braintree para o PayPal, em 2013, ele se divorciou, contratou prostitutas e experimentou ácido e psicodélicos como DMT, informou o "NY Times" após entrevistar 30 pessoas ligadas ao magnata, que é uma das estrelas mais expoentes do biohacking.

 

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O americano tem a estrutura química do DMT tatuada em seu braço. Em 2016, Bryan fundou a Kernel, uma startup de tecnologia cerebral. Ele recusou uma oferta para formar uma empresa semelhante com o fundador da Tesla, Elon Musk, que acabou lançando a Neuralink.

 

À medida que o poder de estrela de Musk crescia, Bryan se concentrou mais em sua própria imagem, se perguntando por que ele não estava recebendo tanta publicidade quanto o magnata da Tesla.

 

Bryan Johnson, de 45 anos, gasta US$ 2 milhões por ano na tentativa de desacelerar seu relógio biológico e 'voltar aos 18 anos' — Foto: Reprodução/Instagram

 

No ano passado, os acordos de confidencialidade tinham 20 páginas com uma série de restrições, como manter em sigilo "qualquer informação não pública sobre a casa de Bryan, escritório, efeitos pessoais em sua casa ou escritório, quaisquer espaços alugados ou de propriedade de Bryan, quaisquer veículos/aviões/automóveis/barcos/outros métodos de transporte que não sejam publicamente acessíveis", de acordo com uma cópia revisada pelo "NY Times".

 

Os funcionários frequentemente tinham que assinar até três documentos separados, disse o jornal. Um deles era um documento incomum de "opt-in" (autorização de um usuário para receber comunicações de uma empresa) no qual os funcionários tinham que dizer que se sentiam confortáveis ??com Johnson vestindo "pouca e às vezes nenhuma roupa/nenhuma roupa íntima" e ouvindo "discussões sobre atividades sexuais, incluindo ereções". Eles também tinham que concordar que o comportamento do patrão não era "indesejável, ofensivo, humilhante, hostil, desencadeador, pouco profissional ou abusivo".

 

Magnata Bryan Johnson substitui todo o plasma do corpo por proteína — Foto: Reprodução

Fotos: Reprodução

 

Em publicação no X, Bryan disse que o documento de "opt-in" era "justo para todos os envolvidos e do melhor interesse de todos". O guru do biohacking frequentemente andava pela empresa usando pouca roupa durante o dia de trabalho e flertava com a equipe majoritariamente feminina da Blueprint, fontes disseram ao "NY Times". Elas acrescentaram que sentiam que não podiam falar sobre o assédio por causa dos acordos.

 

Bryan ganhou os holofotes mundiais após revelar os enormes gastos anuais a fim de impedir o envelhecimento, além de injetar o plasma do seu filho em sua corrente sanguínea, substituir todo o seu plasma por proteína e tomar quase 100 suplementos por dia. Ele também tornou pública a frequência diária das suas ereções, e as comparou com as do filho.

 

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Os negócios do magnata também vêm sendo questionados. Longevity Mix, um suplemento vendido por Bryan, provocou efeitos colaterais indesejados em alguns usuários, reportou o "New York Times". Dos cerca de 1.700 participantes de um estudo da Blueprint, 60% experimentaram pelo menos um efeito colateral, como queda nos níveis de testosterona, aumento da glicose no sangue, de acordo com e-mails internos, planilhas e outros documentos.

 

Fonte: Extra

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