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27/02/2020

Hans Schmidt, 'o padre demômio'! Conheça a história mais bizarra que a humanidade já teve

Foto: Divulgação

Hans Schmidt

Hans Schmidt nasceu numa cidade chamada Aschaffenburg, na região do estado da Baviera, em 1881. Filho de pai protestante e mãe católica, esses pilares do lar que foram fundamentais para construir a sua psicologia infantil já demonstraram abandono e negligência desde o começo.

 

Os pais possuíam um extenso histórico de graves doenças mentais e nunca foi descoberto o quanto isso influenciou diretamente no comportamento incomum do garoto.

 

De acordo com declarações de parentes, o hobby favorito de Hans Schmidt era se refugiar depois da escola no matadouro da aldeia onde morava para assistir incansavelmente porcos e galinhas serem decapitados e terem o sangue drenado para um vasilhame até que a carcaça de seus corpos estrebuchasse uma última vez.

 

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Dissecação de animais também atraía muito a atenção do jovem, tanto que, tendo passado tempo demais assistindo, ele chegou ao ponto de saber exatamente como o corte seria feito apenas de olhar para o animal. Ele chegou a decapitar dois filhotes de gansos de seu pai e guardar a cabeça deles em seu bolso por vários dias.

 


Hans também desenvolveu uma paixão um tanto quanto exacerbada por rituais católicos romanos e passava boa parte do seu dia fingindo ser padre, chegando a improvisar um altar em seu quarto, realizar leituras da bíblia e fingir que estava coordenando missas.

 

Ao longo de sua adolescência, ele passou a misturar as relações sexuais que tinha com homens e mulheres, envolvendo uma obsessão religiosa em que ele se imaginava num ato purgativo, em meio ao sangue de animais mortos, como uma espécie de fetiche.

 

Ele quase foi preso depois de ser acusado de falsificar e vender diplomas para alunos reprovados. No entanto, as acusações foram retiradas depois que o seu pai contratou um advogado que alegou problemas mentais.

 

Aos 25 anos de idade, em 1904, Hans Schmidt foi ordenado padre na Alemanha. Durante 4 anos ele serviu a igreja alemã, porém nunca no mesmo lugar.

 

A criatividade controvérsia na maneira com que o homem conduzia as missas e sermões, gerava discussões entre os paroquianos que sempre reclamavam da conduta do homem ao monsenhor e ao bispo local. Hans não recebia bem as críticas e acabava se envolvendo numa confusão com os seus superiores, causando a sua constante transferência.

 

A minha amada Anna

 


Em 1908, quando os superiores esgotaram as suas alternativas paroquiais para enviar Hans Schmidt, eles decidiram designá-lo pela primeira vez para uma igreja católica romana que ficava nos Estados Unidos, chamada St. John, na cidade de Louisville, no estado do Kentucky.

 

O homem imigrou para a América e, uma vez lá, ele bateu de frente com os líderes católicos e com o pastor sênior, sendo forçado a se transferir para a Igreja de São Bonifácio, que ficava a leste do centro de Manhattan, em Nova York.

 

Para o bem ou para o mal, Hans não era o único novato na igreja de São Bonifácio. Lá, ele conheceu a governanta e empregada, Anna Aumuller, uma imigrante do Império Austro-Húngaro que havia sido contratada há pouco tempo para prestar serviços aos sacerdotes. Eles rapidamente começaram a se aproximar, devido a natureza maliciosa do padre, e não demorou muito para que tivessem um caso às escuras.

 

Em uma de suas centenas de conversas alienistas com Anna, com o intuito de fazer a mulher ceder aos seus encantos, Hans contou a ela que ouviu a voz de Deus ordenando para que ele a amasse.

 

À princípio, porém, Anna tentou resistir às investidas ostensivas do homem, mas acabou cedendo depois de ouvir essa espécie de “mensagem divina”. Para Anna era amor, enquanto que para Hans o envolvimento era puramente sexual, tanto que ele a submetia a diversos fetiches e bizarrices que cultivava desde a adolescência e que também já havia replicado várias vezes com prostitutas, homens e até mesmo crianças.

 

Entretanto, uma vez mais, Hans Schmidt entrou em desacordo com o Sacerdote Superior da igreja e foi transferido para a paróquia de São José, a oeste do Harlem. Especula-se que talvez eles tenham descoberto o caso dos dois e pedido pela mudança de posto do homem para evitar um escândalo.

 

A distância não foi o suficiente para impedir os amantes, pois em 26 de fevereiro de 1913, Hans Schmidt alugou um apartamento no centro de Manhattan onde ele poderia se encontrar com a mulher sempre que quisesse, e logo depois ele “se casou” com Anna numa cerimônia secreta que o próprio conduziu.

 

Hans também ficou com a tarefa de escrever os nomes deles em uma certidão de casamento e afirmou a Anna que ele deixaria o sacerdócio para poder se dedicar ao amor deles. Paralelo a essas declarações, Hans mantinha um relacionamento secreto com um dentista de Nova York chamado Ernest Muret, com quem, mais tarde, ele chegou a afirmar que teria aproveitado mais do que com a sua amada Anna.

 

“As vozes me dizem, Anna”

 


Meses depois do casório, enquanto Hans Schmidt e Anna Aumuller faziam sexo no altar-mor da igreja de São José durante a madrugada, o padre recebeu o que afirmou se tratar de um mandamento de Deus, dizendo para que ele “sacrificasse” a sua amada Anna.

 

De tão forte que foi esse pseudo chamado, ele acabou contando ali mesmo para a mulher, que se horrorizou com a confissão e disse que era loucura da cabeça dele. Ela, porém, apesar de assustada, não deu muita importância ao comentário, mas, assim como da primeira vez, Hans não poderia tirar aquilo de seus pensamentos.

 

Dias depois, Anna, aos 21 anos de idade, informou ao padre que estava esperando um filho dele e que isso era uma mensgaem divina de que era o momento certo para que o homem largasse o sacerdócio começasse a constituir uma família.

 

Na madrugada do dia 2 de setembro de 1913, Hans Schmidt deixou a igreja e foi até o apartamento que havia alugado e onde também era o lar de Anna. Ele se esgueirou porta a dentro sem fazer barulho algum.

 

Caminhou até o quarto do casal e, ao lado da cama, desferiu um golpe certeiro na garganta de Anna com uma faca de açougueiro de 30 centímetros, rasgando um corte largo na carne dela. Ao invés de sair correndo, porém, o padre se ajoelhou ao lado de sua amada em pura agonia e bebeu o seu sangue até que estivesse satisfeito. Depois, enquanto Anna estrebuchava, ele a estuprou até que ela moresse de hemorragia.

 

Então, recordando-se de seus anos sentado num banquinho no matadouro de sua cidade natal, ele pacientemente desmembrou o corpo da mulher com uma serra. Separou a cabeça dela e cortou o corpo ao meio.

 

Embrulhou os pedaços em jornais, enrolou-os em lençois e fronhas, colocando uma pedra de xisto verde-cinza dentro de cada uma delas para que o corpo pudesse afundar. Hans descartou as partes de Anna no Rio Hudson e voltou para a igreja. Na manhã seguinte, dizendo se sentir revigorado, ele deu uma missa e administrou a Santa Comunhão como se nada tivesse acontecido.

 

Nosso amor está marcado

 


Três dias após o assassinato, duas crianças que brincavam às margens do Rio Hudson, em Nova Jersey, encontraram o tronco da mulher boiando, a cerca de 8km de onde fora arremessado, apesar de todos os pedaços dela terem afundado naquela madrugada de 2 de setembro. Um pouco mais distante, na cidade de Weehawken, foi encontrado a parte inferior de Anna Aumuller.

 

O Departamento de Polícia de Nova York foi acionado e deram início a perícia no cadáver da mulher. A investigação foi comandada pelo inspetor e detetive Faurot, que identificou que havia um monograma com a letra A nas fronhas.

 

O símbolo era distinto o suficiente para que a polícia localizasse a empresa que o havia fabricado. Para a sorte deles, o local possuía um registro comercial muito detalhado de todas as compras.

 

O arquivo levou a polícia ao apartamento de Hans e Anna. Lá, eles encontraram as paredes e o chão incrustrados com sangue resseco e um cheiro forte de desinfetante. Havia duas barras de sabão e uma escova na pia. Num baú, um montante de cartas de Hans Schmidt endereçadas a Anna Aumuller, denunciava a localização do assassino. Em uma gaveta no criado-mudo, descobriram o detalhe final: fronhas com o monograma com a letra A.

 

Acompanhado dos policiais, Faurot foi até a igreja de São José interrogar Hans Schmidt sobre o apartamento. O padre não hesitou em confessar sobre o caso e o assassinato de sua amada Anna.

 

O primeiro

 

Fotos: Reprodução


No dia 7 de dezembro de 1913, os advogados do padre, visto que a culpabilidade dele era indiscutível, usaram do histórico de doença mental da família para endossar o crime cometido pelo homem, a fim de reduzir a sentença. Eles ainda reforçaram que Anna teria o deixado ainda mais louco através de artimanhas de sedução que o colocaram em tentação.

 

Durante 23 dias, enquanto a mídia fervia ao redor do caso, os advogados sustentaram o argumento da insanidade até que o júri votou contra condenação do padre.

 

Um segundo julgamento foi marcado e, insatisfeito, o juiz Vernon Davis convenceu os jurados ao deixar bem claro quais eram as evidências e provocar o bom senso de cada um. Sendo assim, o júri popular condenou o homem por homicídio em primeiro grau e o sentenciou à cadeira elétrica.

 

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No dia 18 de fevereiro de 1916, Hans Schmidt foi eletrocutado e se tornou o primeiro padre a ser executado na história dos Estados Unidos. Antes de ter a sua carne frita, em sua defesa, que na verdade só reforçava a sua mente torpe e doentia, ele confessou: “Eu a amava, mas sacrifícios devem ser consumados em sangue”.

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