A francesa Sandrine Graneau apresentou a síndrome do choque tóxico depois que bactérias entraram em sua corrente sanguínea
A francesa Sandrine Graneau, 36 anos, teve que amputar os pés e parte dos dedos depois que um coletor menstrual provocou nela uma infecção que se espalhou pelos rins, pulmões e fígado. A história foi revelada na última segunda-feira ,20, pelo jornal Le Parisien.
Sandrine, que trabalha como enfermeira, sofreu uma síndrome do choque tóxico depois que bactérias Staphylococcus aureus – que existem naturalmente em mucosas do corpo, como a vagina – entraram na corrente sanguínea dela. As bactérias desse tipo não costumam provocar danos à saúde, mas, quando o sistema imunológico está comprometido ou há alguma ferida na região onde estão, pode acontecer de elas atingirem a corrente sanguínea e desencadearem o choque séptico.
Em abril do ano passado, Sandrine sentiu dores no estômago, que foram seguidas de uma queda forte de pressão. “A bactéria não é tão perigosa, mas os danos que ela causa aos órgãos, sim. A toxina se espalhou pelos meus rins, pulmões e fígado”, afirmou, em entrevista ao jornal francês. No hospital foi detectado o choque séptico.
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Para controlar a septicemia – como também é chamada a síndrome, os médicos tiveram que cortar os pés e dedos de Sandrine. A síndrome é rara, mas geralmente há risco de vida quando ela acontece. As células do corpo ficam inflamadas tentando combater o agente invasor e desencadeiam uma espécie de pane no corpo que pode levar à falência de órgãos.
Fotos: Reprodução
Sandrine não recorda quanto tempo passou com o coletor menstrual dentro do corpo, mas reclama que as instruções sobre o período de uso seguro não estavam claras na embalagem do produto.
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Estudos recentes têm associado o uso de absorventes do tipo tampão com a síndrome do choque tóxico. A estimativa é que 3/4 dos casos de septicemia registrados em mulheres tenham acontecido entre as que usaram tampões. Os coletores menstruais também seriam perigosos por facilitarem a proliferação de bactérias dentro do corpo.
Metrópoles