01 de Maio de 2024 - Ano 10
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18/11/2019

Irã acusa EUA de interferência por apoiar protestos contra aumento da gasolina

Foto: Reprodução

Trânsito em Teerã, em 18 de novembro de 2019

O Irã acusou o governo dos Estados Unidos de interferência em seus assuntos internos depois do apoio de Washington às manifestações dos últimos dias do povo iraniano contra o aumento do preço da gasolina.

 

Várias cidades iranianas registraram protestos nos últimos dias, com estradas bloqueadas, edifícios públicos incendiados. Os distúrbios deixaram dois mortos: um policial e um civil.


O governo iraniano, no entanto, afirmou nesta segunda-feira (18) que, "na comparação com domingo, a situação está 80% mais tranquila".

 

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"Ainda existem alguns problemas menores, mas amanhã ou depois de amanhã não teremos nenhum problema de distúrbios" declarou o porta-voz do governo, Ali Rabii.

 

Aumento de 50% no preço da gasolina


As manifestações começaram na sexta-feira (16) em muitas cidades do país, após o anúncio do aumento de pelo menos 50% do preço da gasolina. As autoridades da República Islâmica anunciaram a detenção de mais de 200 pessoas e uma restrição ao acesso à internet.

 

Os protestos acontecem em um cenário de crise econômica no Irã, agravada pela retirada unilateral dos Estados Unidos em 2018 do acordo sobre o programa nuclear iraniano, que provocou o retorno das sanções contra Teerã, o que tem graves consequências para o país.

 

Nesta segunda-feira (18), o Irã criticou em um comunicado do ministério das Relações Exteriores o "apoio" dos Estados Unidos ao que chamou de "grupo de amotinados" e condenou os comentários "intervencionistas" de Washington.

 

No domingo (17), a Casa Branca condenou o Irã pelo uso de "força letal" contra manifestações.


"Estados Unidos apoiam o povo iraniano em seus protestos pacíficos contra o regime que deve governá-lo", afirmou a porta-voz do governo americano, Stephanie Grisham.

 

"O nobre povo iraniano sabe que comentários hipócritas deste tipo não representam nenhuma marca honesta de simpatia", respondeu o ministério iraniano.

 

Sem internet


A agência iraniana Fars, ligada aos conservadores, afirmou que é difícil saber quando serão retiradas as restrições de acesso à internet.

 

A medida que provocou as manifestações implica um aumento do preço da gasolina de 50% para os primeiros 60 litros comprados a cada mês - de 10 mil a 15 mil riais (R$ 0,50) - e de 300% para os litros adicionais.

 

As autoridades afirmam que a arrecadação com o aumento vai beneficiar os 60 milhões de iranianos mais desfavorecidos, sobre uma população total de 83 milhões.

 

As manifestações acontecem a poucos meses das eleições legislativas previstas para fevereiro.

 

No domingo (17), o presidente iraniano Hassan Rohani afirmou que o Estado não deve permitir a insegurança diante dos distúrbios.

 

"Manifestar seu descontentamento é um direito, a manifestação é uma coisa, e o distúrbio é outra", declarou Rohani em um conselho de ministros, segundo comunicado da presidência.


O guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khameneim afirmou que algumas entidades contrárias ao governo "comemoravam" a situação do país

 

"Peço que ninguém ajude estes criminosos", afirmou o aiatolá Khamenei.

 

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As manifestações evidenciam a crise econômica: a moeda local, o rial, registrou forte desvalorização, a inflação supera 40% e o FMI prevê para este ano uma queda de 9,5% do PIB iraniano. 

 

G1

 

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