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Irmãos Frank e Gean Barros repetem ciclo de caos no setor de saúde de Lábrea; município de Boca do Acre é a bola de vez com grávidas de alto risco e outros pacientes são obrigados a adiar cirurgias por falta de anestesista e medicamentos
Foto: Reprodução

Por Xico Nery, correspodente do "PORTAL DO ZACARIAS" no interior do Amazonas - Pacientes do hospital desta cidade do interior do Estado voltaram a acusar, neste final de semana, o prefeito Frank de Barros (MDB) de não ter educação médica nem preparo para gestão hospitalar. O protesto é contra a falta de profissionais, remédios e insumos às cirurgias e especialidades exigidos por lei ao setor de saúde pública.

 

Desde que assumiu, o prefeito é acusado de não reabastecer a farmácia do Hospital nem cumprir determinações da Promotoria Pública local. Em meio ás recomendações, segundo familiares dos pacientes, “existe descumprimento, inclusive, extraoficiais e judiciais”. Frank é irmão do ex-prefeito Gean Campos de Barros (MDB) que, também, é acusado de ter “espalhado o caos na rede de saúde do município de Lábrea”.

 

Atualmente, a farmácia do hospital continua enfrentando falta de remédios e profissionais especializados na área de saúde, além de urgente contratação de anestesista e outros para compor, em definitivo, o corpo clínico extensivo, também, às unidades de saúde. A medida, segundo pacientes com um maior nível de conhecimento, “é de extrema necessidade”.

 

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Os irmãos Barros (MDB-Labrea e Boca do Acre/AM)

 

O caos na rede de saúde em Boca do Acre se estende ao descontentamento com o impasse já expressado pela população por conta da “inércia dos 13 vereadores da base aliada do prefeito, na Câmara”. Os parlamentares mirins ainda não se manifestaram nem deram sinal de que “o Executivo que defende irá resolver tão cedo essa questão”, assinalou profissional da saúde local.

 

 

Hospital de Boca do Acre

 

“O cáos na saúde daqui foi instalado a partir do momento que não há anestesista no hospital e os pacientes são levados a Rio Branco para atendimento em cirurgia de risco ou de padrão e nível médio por falta exclusiva de profissionais”, apontam servidores à reportagem.

 

 

Pacientes têm cirurgias adiadas por falta de

anestesista, medicamentos e insumos

 

- A população vai ao hospital, não encontra remédios, material e insumos de qualidade, afirmam familiares de pacientes com agendamento, inclusive pelo Tratamento Fora do Domicílio (TFD).

 

Segundo profissionais de saúde do Hospital, em Boca do Acre, os usuários do SUS municipal não concordam mais com tanto tempo de espera para serem atendidos. “Ninguém aguenta mais esperar pelas mudanças e transformações pregadas pelo prefeito Frank e o irmão em campanha eleitoral, Gean Campos de Barros”, acrescentaram eles.

 

 

O Legislativo é seus parlamentares motins permanecem "calados"

 

- Acreditamos que tudo não passou de mais uma ilusão nós elegermos o prefeito Frank de Barros, como aconteceu com 16 anos de governo de Gean Campos de Barros, em Lábrea, arremataram as fontes à reportagem.

 

“Já não vivíamos numa cidade boa, agora, a situação ficou muito pior porque falta tudo no hospital, na farmácia e até combustível nas ambulâncias”, denunciaram parte dos familiares dos pacientes esperando vaga para translado a hospitais de Rio Branco, no estado do Acre.

 

TRISTE HISTÓRICO 

 

Pacientes ainda relatam que a falta de um profissional anestesista para o hospital tem forçado usuários do SUS a sofrer grandes transtornos. Qualquer paciente que precise de um procedimento cirúrgico de urgência, inclusive, mulheres grávidas em processo de cesariana, “é levada para Rio Branco até de taxi”, revelam pacientes que se dizem indignados com a gestão de Frank de Barros.

 

SILÊNCIO SEPULCRAL 

 

Sobre o assunto, o prefeito Frank de Barros – localizado na Capital acreana onde teria ido passar o final de semana -, segundo fonte da Câmara de Vereadores, “não atende nem mesmo o presidente do Legislativo nem mesmo no final das sessões”. Trata-se de uma prática implementada pelo irmão de Frank, Gean de Barros, em Lábrea, revelaram.

 

- Quem quiser falar com ele é obrigado a marcar audiência e aguardar na fila, por ordem de pedido feito com a Chefia de Gabinete, revela ainda o mesmo interlocutor.

 

Ele usaria o mesmo método que adotou à frente da Secretaria Municipal de Finanças do munícipio de Lábrea, ou seja, “fazer ouvidos de mercador e de patrão de seringais” Em campanha pelos beiradões, entre ribeirinhos, extrativistas e indígenas, ele gabava-se que o pai “Chico Barros, foi um bom pagador das mercadorias que comprava dos seringueiros e castanheiros do beiradão de Boca do Acre e do Purus”.

 

Agora prefeito da cidade, assessorado pelo irmão Gean de Barros, é acusado de se omitir com relação aos problemas estruturais que enfrenta o hospital, juntamente com os 13 vereadores eleitos e reeleitos em 2024. “Todas as unidades de saúde, em Boca do Acre, relatam os mesmos problemas”, garantem as fontes deste portal na cidade.

 

“Os problemas mais graves são que afetam grávidas e parturientes (pós-parto) que, mesmo precisando de procedimentos urgentes (média e alta complexidade), “são obrigadas a adiar as cirurgias por falta de medicamentos, entre os quais, Neostigmina, relaxante muscular e além da inexistência no quadro clínico do hospital de um profissional em anestesia”.

 

 

Apelo para providências foi dirigido a membros da Procuradoria-Geral

da Justiça (PGJ-AM) e a Corregedoria Nacional (CNMP)

 

Por conta da falta do não interesse da atual gestão, parte da direção do Hospital de Boca do Acre – apesar de temer represálias dos irmãos De Barros – confidenciou, neste sábado (22), que “os pacientes nos pedem para alertarmos o Ministério Público, na gestão da Procuradora-Geral de Justiça, Dra. Leda Mara Nascimento Albuquerque e o Corregedor-Geral do Ministério Público, Ângelo Fabiano da Costa, “para tirarem da cadeira os agentes ministeriais nas Comarcas do interior e que inspecionem pra valer hospitais e unidades de saúde de Boca do Acre e dos municípios amazonenses”.

 

Diretiva do hospital recebe apelo para informar a Procuradora-Geral

de Justiça, Dra. Leda Mara e o Corregedor Nacional

do MP, dr. Ângelo Fabiano da costa

 

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- E instaurarem Ação Civil Pública (ACP) para responsabilizar gestores municipais e autoridades responsáveis pela gestão da saúde no Amazonas, afirmou o consultor João Roberto Soares, 53. 

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