Maior probabilidade é que deputado comande a CCJ, mas também são citados ministério e TCU
Após não conseguir viabilizar sua candidatura na sucessão de Arthur Lira (PP-AL) no comando da Câmara, o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), começa agora a negociar com a cúpula da Casa o seu futuro político. Com medo de perder relevância na Câmara, o partido de Elmar decidiu que não vai disputar contra o líder do Republicanos, Hugo Motta (PB), que tem o apoio de Lira e dos principais partidos da Casa.
Embora tenha insistido em confrontar Motta, o líder do União entrou em sintonia com seu partido e aceitou dialogar com o nome apoiado por Lira. O deputado declarou na quinta-feira que mantém sua candidatura, mas disse também que irá conversar com o candidato do Republicanos.
— Não tenho resistência em desistir e nem em continuar. A minha candidatura não é minha, nunca tratei no pessoal, é nossa, é do meu partido e dos partidos que me apoiaram. Tenho que ficar submetido a uma avaliação deles.
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Uma das opções para o nome do União Brasil agora é comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal comissão da Casa e com poder para influenciar nos rumos das principais votações.
Há também a possibilidade de mexer nos ministérios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que são da cota do União Brasil. Elmar sempre quis assumir uma pasta importante, como Integração Nacional, mas o comando dela, que está com Waldez Goes, tem dificuldade de ser trocada por ter sido apadrinhado pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP).
Integrantes do governo admitem mexer nas pastas do governo após a eleição para o comando da Casa. Caso União Brasil e PSD queiram mudar os ministérios que hoje possuem, há disposição do governo de reconfigurar os ministérios.
O líder do PSD, Antonio Brito (BA), firmou um acordo com Elmar e os dois partidos vão dialogar no fim de semana para definir os rumos da candidatura.
Não há definição ainda se de fato Elmar irá comandar um ministério, mas integrantes do governo têm visto com bons olhos os sucessivos acenos que o líder do União tem feito ao PT e ao governo. Ele se empenhou para ajudar petistas nas eleições municipais e ampliou conversas com ministros de Lula nos últimos meses.
Apesar disso, Elmar disse que não há vinculação entre a sucessão na Câmara e assumir um ministério.
— Estamos tratando de sucessão da Câmara. O ministério é do presidente Lula.
Além disso, há articulações para abrir duas vagas de ministros do TCU. Uma delas é negociada pelo PT e a outra poderia ser indicada pelo União ou usada para contemplar outro partido. No entanto, para isso seria preciso convencer os ministros Aroldo Cedraz e Augusto Nardes a anteciparem suas aposentadorias.
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A previsão é que depois que o líder do União conversar com Motta e integrantes do PSD, a tendência é que os partidos de Elmar e Brito anunciem na semana que vem uma composição com o candidato do Republicanos.
Fonte: O Globo