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14/11/2020

Jogadores do São Caetano não entram em campo, e Marcílio Dias vence por W.O. na Série D do Brasileiro

Foto: Bruno Golembiewski / CNMD

O São Caetano é o lanterna do Grupo 8 da Série D do Brasileiro com apenas seis pontos em 11 rodadas.

 O São Caetano não entrou em campo para enfrentar o Marcílio Dias, na tarde deste sábado, em jogo válido pela 12ª rodada da Série D do Campeonato Brasileiro. Com isso, os catarinenses foram declarados vencedores por W.O (placar de 3 a 0). Com quase seis meses de salários atrasados, o elenco do Azulão não viajou para Itajaí, em Santa Catarina, onde ocorreria o confronto.

 

O São Caetano é o lanterna do Grupo 8 da Série D do Brasileiro com apenas seis pontos em 11 rodadas. Já o Marcílio Dias chegou aos 18 pontos e pulou para a vice-liderança do grupo.

 

O árbitro da partida, Michelangelo Martins de Almeida Junior, seguiu o protocolo e aguardou 30 minutos, mas os jogadores da equipe paulista não foram ao gramado. Ele, então, determinou o fim da partida. O caso será relatado na súmula.

 

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Protocolo foi cumprido, mas partida encerrou com W.O. — Foto: Bruno Golembiewski/CNMD

Foto: Bruno Golembiewski / CNMD

 

E agora?


O São Caetano fica sujeito a punições em duas frentes: pela CBF e pelo STJD. Como foi o primeiro W.O. do time, a punição será a derrota na tabela (por 3 a 0) e multas. Em caso de reincidência, o clube fica sujeito a ser excluído da competição.

 

Imediatamente, a CBF aplica as punições previstas no RGC (Regulamento Geral das Competições):

 

Derrota por 3 a 0 na partida


Multa


Estas punições se somam outras previstas pelo CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que são aplicadas pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).

 

O São Caetano, muito provavelmente, será denunciado em dois artigos: o 203 ("deixar de disputar partida sem justa causa") e o 191 "(deixar de cumprir regulamento").

 

Nos dois casos, a pena é a mesma: multa de R$ 100 a R$ 100 mil. Ou seja: além da multa por na cumprir o RG, pela CBF, o São Caetano está sujeito a ser multado em até R$ 200 mil pelo STJD.


A CBF também considera cumpridas todas as suspensões automáticas e outras penas impostas pelo STJD ao rival do São Caetano no jogo do W.O. Ou seja: se um jogador do Marcílio Dias acumulou três cartões amarelos e não enfrentou o Azulão, a CBF considera a punição cumprida. O mesmo vale para quem tinha alguma outra pena a cumprir.

 

São Caetano pode ter punição por conta de W.O. — Foto: Bruno Golembiewski/CNMD

Foto: Bruno Golembiewski / CNMD

 

Em 2017, o Mogi Mirim perdeu por W.O. um jogo contra o Ypiringa (RS) pela Série C. O clube foi declarado derrotado por 3 a 0 e punido pelo STJD com R$ 1 mil – R$ 500 para cada um dos dois artigos descumpridos do STJD.

 

Outro caso semelhante foi com o Figueirense, multado em R$ 3 mil por causa do W.O. contra o Cuiabá em 20 de agosto de 2019, em jogo da Série B.

 

Entenda o caso


Campeão da Série A2 do Campeonato Paulista neste ano, o São Caetano rompeu parceria com um grupo de investidores no último mês e sofre com problemas financeiros. Logo após o título, o técnico Alexandre Gallo deixou o clube. Além dele, praticamente todo o time titular também rompeu contrato.

 

Sem acordo com boa parte do elenco que conseguiu o acesso à elite do Paulistão, a solução encontrada pelo São Caetano para poder seguir na Série D do Brasileiro foi usar jogadores das categorias de base com a mescla de poucos remanescentes do profissional. O estopim foi o atraso nos vencimentos também dos jogadores mais novos e com remuneração menor, que agora também se revoltaram contra a administração do clube.

 

No fim de outubro, após ameaça de W.O., o São Caetano acabou entrando em campo com time formado basicamente por jogadores das categorias de base. O resultado foi uma goleada histórica de 9 a 0 para o Pelotas, no estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul.

 

Fundado em 1989, o São Caetano foi presidido por Nairo Ferreira durante 30 anos. Após deixar o comando do clube no fim do ano passado, ele retomou a presidência após seis meses, o que gerou desgaste com o grupo de investidores que injetava dinheiro.

 

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Em três décadas de história, o São Caetano viveu seu auge no início dos anos 2000, quando foi campeão paulista (2004), duas vezes vice brasileiro (2000 e 2001), além de vice da Libertadores (2002).

 

Globo Esporte

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