Diego teve foto em que está com esposa compartilhada nas redes sociais como se fosse o responsável pelo assassinato de Max
Um eletricista, de 28 anos, recebeu ameaças de morte após ter a foto e nome vinculados ao suspeito de matar o funcionário na frente da mãe, por R$200, em Praia Grande, no litoral paulista. A própria família do rapaz assassinado compartilhou a foto de Diego de Souza afirmando que ele era inocente e pedindo que parassem de reproduzir a fake news.
A mãe do rapaz, a motorista Celeste de Souza, de 50 anos, contou ao G1 que uma amiga lhe avisou que a foto do filho estava circulando nas redes sociais e que ele estava sendo apontado como o culpado pela morte de Max Santos Gomes, de 24 anos. A vítima era ajudante de pedreiro e foi morta pelo patrão após cobrar pelo pagamento de R$ 200 por um serviço de pintura.
De acordo com a Polícia Civil, o verdadeiro suspeito de ter cometido o crime foi capturado pela polícia, mas acabou solto em seguida por não ter sido detido em flagrante. Segundo Celeste, o investigado tem o primeiro nome igual ao do filho dela e ambos moram no mesmo bairro que Max vivia.
"Deu um desespero. Meu filho poderia morrer por isso. É muita irresponsabilidade compartilhar coisas assim, sem saber da verdade, porque pode destruir a vida de uma pessoa inocente", destaca.
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Após a foto de Diego começar a ser compartilhada como se ele fosse o criminoso, ele passou a receber ameaças nas redes sociais. "Falaram que iriam matar ele, que ele iria apanhar, tanto pela internet, quanto na rua", diz a mãe.
A própria irmã de Max, Marina Vitória Santos Gomes, compartilhou a foto de Diego nas redes sociais e informou que ele não tinha nada a ver com o crime que vitimou seu irmão.
Foto: Reprodução/Facebook
A família procurou a Polícia Civil e registrou boletim de ocorrência por ameça no 1º DP de Praia Grande. O caso segue sob a investigação da Polícia Civil. "Meu filho ficou com a consciência tranquila porque sabe que é inocente, mas foi uma grande exposição para ele e a família. Ele tem filhos e compartilharam a foto dele com a mulher. Isso é muito injusto, um homem trabalhador e inocente passar por isso e correr risco", finaliza a mãe.
Morte de Max
Foto: Reprodução/Facebook
O crime aconteceu por volta das 17h deste sábado (14) na casa da vítima, após uma discussão. O agressor chegou a ter um dos dedos decepados, que acabou sendo encontrado abandonado no local. Em entrevista ao G1, Marina Vitória Santos Gomes, irmã de Max, relatou que o assassino tomou banho no banheiro da casa antes de fugir.
De acordo com a irmã, foi assim que a mãe conseguiu fugir do local do crime. "Minha mãe toma muitos remédios e estava dopada, sem conseguir falar e andar direito. Ela saiu do quarto e viu o filho morto e o sangue por toda a casa", contou. "Ela aproveitou que o assassino entrou no banheiro e fugiu de casa, pisando no sangue do meu irmão."
A irmã conta que o patrão de Max frequentava a casa da família. No final da tarde deste sábado, Max encontrou o patrão na esquina de casa e pediu pelo pagamento de R$ 200 por um serviço de pintura prestado. Uma discussão se formou entre os dois e, na briga, o patrão teria ameaçado o jovem de morte, que ignorou e voltou para casa.
"Meu irmão foi tomar banho, enquanto minha mãe dormia. O homem entrou pelos fundos da casa e o atacou no banheiro", contou a irmã. O caso foi registrado como homicídio na Delegacia de Praia Grande e será encaminhado ao 1º DP da cidade, responsável pela área.
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A Secretaria de Segurança Pública informou que um homem, de 36 anos, é investigado e a polícia trabalha visando o esclarecimento dos fatos. A Polícia Civil informou ao G1, por telefone, que o suspeito de ter cometido o crime foi capturado na noite de sábado mas, por não ter sido preso em flagrante, foi liberado já na madrugada deste domingo (15).
Foto: Arquivo Pessoal
G1