Realizado em Manaus, palco da sua primeira edição, torneio teve sete nocautes e quatro finalizações em 12 lutas no último sábado
A histórica edição centenária do Jungle Fight, que marcou o seu retorno a Manaus, contou com um show de nocautes e finalizações. Assim como aconteceu na primeira edição, em 2003, apenas uma luta foi parar nas mãos dos juízes.
E, da mesma forma que há 16 anos, a luta principal terminou com um nocaute no primeiro round. Com três disputas de cinturão, o Jungle Fight 100, realizado na noite do último sábado na Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira, consagrou um novo rei da selva.
Na luta principal, Klinger “Do Boxe” Pinheiro, que estava no card preliminar e acabou recebendo a chance de lutar pelo cinturão até 61kg - o campeão, Eduardo "Máquina de Dor", bateu o peso, mas não compareceu à pesagem cerimonial para as encaradas e foi retirado do evento pela organização -, fez jus ao apelido e mandou o mexicano José Antonio Rodríguez à lona em apenas 41 segundos de luta para se tornar o mais novo campeão do evento.
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- Treino desde os 14 anos, comecei em um projeto social. Venho ralando bastante e o boxe não me deixou seguir um caminho ruim. Os meus bairros, Matinha, e agora Campos Sales, onde eu moro atualmente, são muito perigosos, mas eu levo os dois no coração.
Se um dia eu lutar lá fora, vou levar esses dois nomes, assim como o José Aldo levou a Alvorada, eu vou levar Matinha e Campos Sales - disse Klinger, abraçado aos seus dois filhos.
O evento contou ainda com outras duas disputas de cinturão. No co-evento principal, a campeã Natália Silva fez a sua primeira defesa de título e mostrou muita habilidade na luta em pé, com ótimas combinações. Ela dominou a luta contra a desafiante Joice Mara “Menina de Ouro” e, no quarto round, a mineira de Pingo D’água mostrou também que está com o chão em dia. Após conseguir uma queda, Natália encaixou uma chave de braço que definou o combate.
Na disputa de cinturão até 77kg, o campeão Willker "Feijão" Lemos também fez a sua primeira defesa de título e, depois de quase ser finalizado com um mata-leão no primeiro round pelo desafiante Alessandro Gambulino, voltou para o segundo round decidido a terminar a luta. Depois de conseguir derrubar o desafiante, trabalhou por cima com as cotoveladas até a interrupção do árbitro.
O evento teve ainda a boa atuação do sergipano Willian “Colorado”, que chegou à sua nona vitória seguida em dez lutas ao vencer Geberson Coutinho por nocaute técnico (interrupção médica) no primeiro round. Outro que brilhou foi o jovem Rodrigo “Muralha” de Moura, de apenas 17 anos, que finalizou Davi Black com uma chave de braço no primeiro round.
- Estou muito feliz de trazer a histórica centésima edição a Manaus. Foi o prefeito faixa-vermelha Arthur Virgílio Neto que teve a coragem de trazer o Jungle Fight de volta depois de 13 anos fora. E ele prometeu trazer novamente em março, transformando mais uma vez Manaus na capital Brasileira do MMA - disse Wallid Ismail, presidente do Jungle Fight.
Confira os resultados completos do Jungle Fight 100:
Klinger “Do Boxe” Pinheiro venceu José Antonio Rodríguez Serrano por nocaute no R1
Natália Silva venceu finalizou Joice Mara por finalização no R4
Willker "Feijão" Lemos venceu Alessandro "Gambulino" por nocaute técnico no R2
Alexsandro Praia de Lima venceu Matheus "Calabresa" por nocaute técnico (interrupção médica) no R1
Willian “Colorado” venceu Geberson Coutinho por nocaute técnico (interrupção médica) no R1
Leandro "Cacique" Pereira venceu Arthur Martins de Castro por finalização no R1
Rodrigo “Muralha” de Moura venceu Davi Black por finalização no R1
Max Douglas “Fúria” venceu Leandro Oliveira por decisão dividida
Anderson “Astro da Maldade” venceu Ronildo Cabral por nocaute técnico no R2
Eli Jones "Lorinho" venceu Breno Sombra por nocaute técnico no R2
Ruan “Hunter” venceu Raison “Moicano” por nocaute técnico no R1
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