Jogadoras do Bahia celebraram acesso para Série A1 na última segunda-feira
A Justiça concedeu, nesta quarta-feira, liberdade provisória a Hugo Duarte, treinador do JC, do Amazonas, preso em flagrante na noite da última terça-feira, após denúncia de injúria racial contra uma jogadora do Bahia, em partida da segunda divisão do Campeonato Brasileiro Feminino. O treinador nega que tenha cometido o crime.
Na decisão, a juíza Marcela Moura França determina medidas cautelares, como proibição de aproximação a menos de 200 metros da vítima, comparecimento bimestral em juízo por período de um ano e também a todos os atos processuais. Hugo, que está proibido de se ausentar da comarca onde reside sem autorização, ainda vai precisar pagar fiança no valor de 30 salários mínimos para ser solto.
Tudo começou durante a comemoração do acesso Bahia à Primeira Divisão do Futebol Feminino, após empate com o JC, no estádio de Pituaçu, em Salvador. Na ocasião, uma confusão foi formada, e Suelen, uma das jogadoras do Tricolor, relatou ter sido chamada de "macaca" por Hugo Duarte.
Veja também
Trio de reforços chegam ao Amazonas FC para sequencia da temporada
Amazonas repatria o goleiro Fabian Volpi, que estava no Caxias, para a sequência da Série B
"A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista", escreveu Suelen em publicação nas redes sociais.
Em nota, o JC, afirmou que repudia qualquer ato racista, mas que avalia com o setor jurídico "todas informações necessárias dos acontecimentos ali presenciados para realizar os procedimentos cabíveis onde não haja informações infame ou caluniosas que prejudiquem quaisquer que sejam os envolvidos".
Já o Bahia prestou solidariedade a Suelen e cobrou "resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação".
VEJA PUBLICAÇÃO DE SUELEN
"A Constituição Brasileira delineia o direito de ser tratado como igual perante os demais membros da sociedade, sem discrição de etnia e raça. Entretanto, lamentavelmente, ontem, na partida que garantiu o tão esperado acesso para a elite do futebol brasileiro, fui submetida ao ato de racismo praticado pelo criminoso treinador do time adversário, pois utilizou de mecanismo de opressão para inferiorizar minha negritude. A naturalização que se foi proferida mais de uma vez pela expressão racista “macaca” tenta silenciar a minha figura como mulher preta no esporte, porém o ato denúncia é a arma que tenho para combater o racista. Agradeço às minhas companheiras, família e ao @ecbahia por todo o suporte e acolhimento".
Fotos: Reprodução
VEJA NOTA DIVULGADA PELO BAHIA:
O que deveria ser uma noite apenas de comemoração pelo acesso das Mulheres de Aço à elite do futebol brasileiro acabou manchada por episódio lamentável no estádio de Pituaçu.
Ao final da partida, a zagueira tricolor Suelen foi alvo de ofensa racial praticada pelo treinador da equipe adversária no gramado.
Acionada, a Polícia Militar conduziu o acusado à Central de Flagrantes da 1ª Delegacia para realização de boletim de ocorrência.
O Diretor de Operações e Relações Institucionais, Vitor Ferraz, acompanha a atleta juntamente com advogado criminalista que assessora o clube, além de outras jogadoras e funcionários que se apresentaram como testemunha.
O Esporte Clube Bahia SAF manifesta toda solidariedade a Suelen ao tempo em que cobra resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação.
VEJA POSIÇÃO DO JC
O JC Futebol Clube AM repudia qualquer ato de racismo ou injúria racial contra qualquer pessoa.
Sobre o ocorrido nesta segunda feira onde o clube enfrentou o Bahia pelo Campeonato Brasileiro Feminino, houve um ocorrido envolvendo o treinador e uma atleta do clube Bahia que estão sendo investigado.
O clube juntamente com seu jurídico estão averiguando todas informações necessárias dos acontecimentos ali presenciados para realizar os procedimentos cabíveis onde não haja informações infame ou caluniosas que prejudiquem quaisquer que sejam os envolvidos.
Curtiu? Siga o PORTAL DO ZACARIAS no Facebook, Twitter e no Instagram.
Entre no nosso Grupo de WhatApp, Canal e Telegram
No mais retificamos que este clube lamenta e é contra qualquer tipo de preconceito.
Acompanhe o Portal do Zacarias nas redes sociais