Lei impede Trump de regular ou fechar plataformas de mídias sociais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tuitou que planeja ‘regular fortemente’ ou mesmo fechar as portas das plataformas de mídias sociais. Seu argumento é de que as grandes redes censuram vozes conservadoras. Sua ira foi despertada quando o Twitter passou a marcar alguns de seus posts com um alerta de checagem, informando que parte das afirmações do presidente americano não podem ser confirmadas — ou, em alguns casos, são factualmente falsas.

Trump ameaça, mas, de acordo com a legislação americana, ele nada poderá fazer. A Constituição dos EUA proíbe ao Estado legislar sobre o que pode ou não ser dito. E propriedades privadas, como é o caso das grandes plataformas, por lá, têm ampla liberdade de publicar ou deixar de publicar o que desejarem.

Mas a preocupação do presidente americano não é apenas dele. Ecoa o que seu grupo da Nova Direita, que inclui o presidente Jair Bolsonaro, mais teme: que as redes sociais consigam apertar o controle a respeito de desinformação. Máquinas de desinformação, documentadamente, fazem parte da estratégia eleitoral deste movimento.

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Acusar de censura às vozes conservadoras vem sendo o tom mais habitual de discurso. O mesmo Twitter chegou a excluir, este ano, uma mensagem de Bolsonaro, com o mesmo argumento de que trazia informação falsa. E as redes, de fato, por conta da pandemia, estão apertando os controles.

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O movimento de Trump não é mais que retórico. Mas tudo indica que a retórica vai apertar. 

O Globo