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Líder do Hamas é morto em ataque israelense a hospital de Gaza
Foto: Reuters

Ismail Barhoum recebia tratamento depois de ter residência atacada

Cinco dias depois de ter rompido o cessar-fogo com o Hamas, Israel lançou nesse domingo (23) uma ofensiva no sul da Faixa de Gaza e prosseguiu as operações militares em outros pontos do enclave. Pelo menos cinco pessoas foram mortas e várias ficaram feridas no ataque ao Hospital Nasser, em Khan Yunis, de acordo com o movimento radical palestino, incluindo Ismail Barhoum, membro do gabinete político do Hamas, que recebia tratamento depois de ter sido gravemente ferido num ataque aéreo à sua residência".

 

"As forças de ocupação atacaram o setor cirúrgico do Hospital Nasser, que abriga muitos doentes e feridos, e ali deflagrou um grande incêndio", declarou o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islâmico palestino, em comunicado.

 

O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, confirmou ter atingido Ismail Barhoum durante o ataque, após o Exército ter declarado que fez um "ataque de precisão contra um dos principais terroristas do Hamas que operava no interior do complexo hospitalar Nasser". Segundo a mesma fonte, o Hamas utiliza infraestruturas civis, como hospitais, colocando "cruelmente em risco a população de Gaza". Israel conduziu um "processo minucioso" e utilizou "armamento de precisão concebido para minimizar os danos tanto quanto possível".

 

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De acordo com fonte do Hamas, citada pela agência France Presse, Ismail Barhum encontrava-se internado nesse hospital "recebendo tratamento, depois de ter sido gravemente ferido num ataque aéreo à sua residência, que também vitimou o seu sobrinho, Mohamed Barhum, em Khan Yunis, na terça-feira passada".

 

Além do líder do Hamas, o Ministério da Saúde de Gaza também confirmou a morte de quatros pessoas, incluíndo pacientes e profissionais de saúde, durante o bombardeio que "causou o pânico e levou à evacuação total do edifício, que ficou em grande parte destruído", acrescentou. Segundo o último balanço da entidade, morreram nas últimas horas em Gaza 21 pessoas.

 

Após dois meses de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, desde terça-feira (18), Tel Aviv intensificou os ataques contra a Faixa de Gaza e matou vários líderes do movimento.

 

Nesse domingo, o movimento palestino confirmou a morte de outro líder do seu gabinete político. Trata-se de Salah Al-Bardawil, de 65 anos, morto com a sua mulher num ataque israelense a um campo de Al-Mawasi, perto de Khan Younis.

 

A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, está em Israel para apelar a "um regresso imediato" ao acordo de cessar-fogo. À chegada ao Oriente Médio, ontem à noite, Kaja Kallas afirmou que "o sofrimento na Faixa de Gaza tem de acabar" e considerou que a destruição do enclave palestino "só alimenta a radicalização".

 

Paralelamente à ofensiva israelense em Gaza, o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu acusou nesta segunda-feira o chefe do Shin Bet, Ronen Bar, de ter investigado o ministro de Segurança Nacional de extrema-direita, Itamar Ben Gvir, sem o seu consentimento.

 

Netanyahu afirma que o chefe dos Serviços israelenses de Segurança Interna, cuja demissão foi suspensa na sexta-feira (21) pelo Supremo Tribunal, teria conduzido um "procedimento secreto" para investigar a infiltração de membros da extrema-direita nas forças policiais e o ministro Ben Gvir.

 

“A acusação de que o primeiro-ministro autorizou o chefe do Shin Bet, Ronen Bar, a reunir provas contra o ministro Ben Gvir é uma nova mentira que veio a tona", diz o gabinete do primeiro-ministro israelense em comunicado.

 

"O documento publicado, que contém diretriz explícita do chefe do Shin Bet para reunir provas contra o escalão político, assemelha-se a regimes obscuros, mina os fundamentos da democracia e visa a derrubar o governo de direita", acrescenta, numa reação à reportagem do canal 12.

 

O ministro da Segurança Social, Itamar Ben Gvir, acusou Ronen Bar de ser um "criminoso" e um "mentiroso", em publicação na rede social X.

 

Ben Gvir disse que o Ronen Bar "tenta negar uma conspiração contra representantes eleitos num país democrático, mesmo depois de os documentos terem sido revelados ao público e ao mundo”.

 

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"Não ficarei satisfeito com a sua demissão, ele tem de enfrentar acusações criminais por tentativa de golpe de Estado e tentativa de derrubar a democracia", conclui.

 

Fonte: Agência Brasil

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