Pesquisa do GDF divulgada nesta sexta-feira (21/2) dará subsídios para adoção de políticas públicas. Outro destaque são informações inéditas sobre o perfil religioso da população. Os católicos são maioria (46,8%), seguidos dos evangélicos (28,4%)
Carla Antloga, professora do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (IP/UnB), avalia que mais mulheres chefiando as famílias ainda não pode ser visto apenas como um sinal de autonomia feminina. "Chefiar um lar não significa que essas mulheres estão em uma condição melhor de emprego. Muitas vezes, elas se sujeitam a condições piores, até assumindo trabalhos informais para sobreviver. Não podemos afirmar que esse dado indica uma maior autonomia", explica.
Além da sobrecarga financeira, há um aspecto social que ainda limita o reconhecimento dessas mulheres. "Muitas têm vergonha de se identificar como chefes de família. Não é incomum que registrem um homem como responsável pelo lar, seja por medo do julgamento ou para evitar constranger um parceiro. Isso mostra como a sociedade ainda enxerga esse papel de forma machista", analisa.
Além da sobrecarga financeira, há um aspecto social que ainda limita o reconhecimento dessas mulheres. "Muitas têm vergonha de se identificar como chefes de família. Não é incomum que registrem um homem como responsável pelo lar, seja por medo do julgamento ou para evitar constranger um parceiro. Isso mostra como a sociedade ainda enxerga esse papel de forma machista", analisa.
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O levantamento também trouxe informações até então não apuradas sobre o perfil religioso da população do DF, de acordo com Francisca Lucena, diretora da Diretoria de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF. Os católicos representam 46,8% dos entrevistados. Os evangélicos, 28,4%, consolidando-se como o segundo maior grupo religioso do DF.
Foto: Reprodução
O número de lares chefiados por mulheres no Distrito Federal registrou crescimento, segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2024. Atualmente, 17,2% dos domicílios brasilienses têm mulheres à frente da família, um crescimento de 25% em relação aos 13,7% registrados em 2021, quando foi realizada a pesquisa anterior. O estudo também trouxe informações inéditas sobre o perfil religioso da população da capital, mostrando que os católicos são maioria.
A pesquisa mostra que o DF tem uma população de quase 3 milhões de pessoas, sendo 2,8 milhões em áreas urbanas e 121,5 mil em rurais rurais. Ceilândia ainda é a maior região em número de moradores — mais de 292 mil. Samambaia é a segunda, com mais de 224 mil habitantes. A cidade ultrapassou o Plano Piloto, que antes ocupava essa posição e agora está em terceiro lugar com 211,6 mil habitantes.
O levantamento, realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), irá subsidiar a elaboração e a adoção de políticas públicas para os próximos anos.
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Francisca Lucena, diretora da Diretoria de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do IPEDF, destaca que o principal objetivo desse trabalho, realizado com intervalos de aproximadamente dois anos, é fornecer um panorama detalhado das características da população. "A pesquisa nos permite entender como a cidade está evoluindo, quais são os desafios e onde precisamos focar nossos esforços", enfatiza. Neste ano, a coleta envolveu 56 mil visitas domiciliares para alcançar cerca de 25 mil entrevistas.
Fonte: Correio Brasiliense