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25/09/2020

Mandetta explica relação ruim com Paulo Guedes: 'Eu ligava, não atendia'

Foto: Reprodução

Ex-ministro Luiz Henrique Mandetta foi entrevistado no Conversa com Bial de quinta-feira, 24/9

No recém-lançado “Um paciente chamado Brasil: Os bastidores da luta contra o coronavírus”, o médico ortopedista, ex-deputado federal e ex-ministro Luiz Henrique Mandetta narra a luta para conter a epidemia da Covid-19 no Brasil durante sua gestão no Ministério da Saúde. No programa de quinta-feira, 24/9, ele conversa com Pedro Bial sobre o livro, a pandemia e o cenário político do país.

 

No livro e na conversa, Mandetta fala sobre como Bolsonaro estava convencido de que o coronavírus era uma arma biológica chinesa para a esquerda voltasse ao poder na América Latina. O ex-ministro usa o conceito psiquiátrico das fases do luto para explicar a reação “negacionista e raivosa” do presidente, que, em sua definição, foi “pró-vírus”.

 

Entretanto, o ex-ministro reconhece que o governo de Jair Bolsonaro não foi o único responsável pelo fracasso do Brasil em conter o avanço do coronavírus. Mandetta relembra uma reunião em Genebra, em janeiro, para o Fórum Econômico Mundial de Davos. Na época, estavam todos ansiosos para saber sobre o grau de contágio da doença: “Se era um vírus pesado, um vírus lento, como foi MERS, como foi SARS, ou se era um vírus competente para a transmissão".

 

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“Eles trouxeram como se fosse algo restrito a Wuhan. Aquilo que foi apresentado veio como um vírus pesado.”

 

Ele critica, também, a lentidão da OMS em declarar pandemia. Apenas quando os sistemas de saúde europeus entraram em colapso o Brasil mudou sua abordagem.

 

Bial também entra no assunto Paulo Guedes, já que o ministro da Economia é o mais criticado do livro de Mandetta. O médico explica que o dilema “saúde versus economia” só poderia ser articulado se houvesse uma fala conjunta, o que nunca aconteceu.

 

“É igual basquete, eu batia e voltava. Não fluía. A gente não conseguia desenvolver nenhum tipo de relacionamento em função dessa doença. Às vezes eu ligava, não atendia.”

 

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Ele argumenta que outro economista, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, mostrava que era possível ter uma postura bem diferente: "Extremamente atento, me mandando gráficos, me perguntando." 

 

Gshow

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