04 de Maio de 2024 - Ano 10
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02/04/2024

Masking: o que é a camuflagem do autismo e como atrapalha diagnóstico

Foto: Reprodução

Psicólogo e psiquiatra falam das dificuldades que pessoas com autismo leve têm para disfarçar socialmente os sinais do transtorno

Pessoas com neurodivergências de grau leve muitas vezes vivem desconfortos e condições incômodas sem nem perceber para tentar disfarçar socialmente os sinais de suas condições. Pessoas com autismo leve são algumas das atingidas por este mecanismo de defesa conhecido como masking ou mascaramento.

 

Neste Dia Mundial de Conscientização do Autismo (2/4), especialistas alertam para o sacrifício pessoal e silencioso feito por pessoas neurodivergentes para se passarem por típicas e como pode ser um processo inconsciente e acabar levando a sofrimentos evitáveis.

 

O processo de mascaramento é um disfarce para compensar e camuflar sinais do espectro autista para que isso não fique tão evidente e a pessoa seja mais aceita socialmente. Como começa muito cedo, é difícil que a pessoa não-típica perceba a batalha interior que a leva a se sentir tão solitária e deslocada dos demais. Interpretar outra personalidade é algo que cansa.

 

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Uma das vozes contra a camuflagem é o psicólogo e influencer americano Devon Price, autor de Autismo Sem Máscara, livro que acaba de ser lançado no Brasil pelo nVersos. Ele também é autista. A obra mostra como a máscara é socialmente construída desde que as pessoas com o transtorno nascem e que é difícil nadar contra a corrente para aceitar a própria neurodivergência.

 

 

 

 

 

Esta estratégia de camuflagem, porém, é tão presente que faz com que muitas pessoas só descubram suas neurodivergências na idade adulta. É o caso de celebridades como a atriz Letícia Sabatella e da cantora Sia. O psiquiatra André Valverde também passou por esse processo de aceitação ao se perceber como um homem autista aos 42 anos.Assim como Valverde, Price foi diagnosticado com autismo apenas na idade adulta. Ao relatar a própria experiência, ele faz um paralelo entre o masking e os anos em que se manteve “no armário” sem revelar ser um homem trans e gay.

 

 

 

 

 

( Fotos: Reprodução)

 

Sua aceitação como membro da comunidade LGBTQIAPN+ foi internamente construída à base de reflexão e resistência, o que também acontece com o autismo. “Eu sustentei uma série de personalidades falsas e escudos protetores que mantinham as pessoas à distância. Eu só conseguia deixar o escudo de lado quando estava sozinho, mas, mesmo na minha solidão, me sentia infeliz e confuso”, conta.

 

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Para Valverde, interromper o processo de masking é parar uma demanda muito alta de energia psíquica que pode levar ao sofrimento. “Não precisar fazer masking poupa a pessoa também de ter que se recarregar depois de encontros sociais. Às vezes um happy hour na sexta-feira significa um final de semana recompondo as baterias. Economizar isso é algo profundamente libertador”, afirma. 

 

Fonte: R7

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